A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nesta sexta-feira (24) três pessoas acusadas de integrar o esquema de jogo ilegal comandado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Segundo as investigações, o grupo preso, que agia em Goiás, passou a atuar no Distrito Federal nos últimos meses, onde explorava ao menos sete cassinos de máquinas caça-níqueis.
As prisões fazem parte da operação batizada de "Jackpot". Ela teve origem na Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro e que resultou na prisão de Cachoeira e de outros envolvidos no esquema. Os mandados são de prisão temporária de cinco dias.
Dois dos detidos hoje, no entanto, já haviam sido presos na Monte Carlo, mas foram soltos por conta de um habeas corpus da Justiça. Raimundo Washington de Sousa Queiroga e Otoni Olímpio Júnior são acusados pela polícia de comandar a exploração do jogo no Distrito Federal.
Eles fariam parte de um grupo conhecido por "Família Queiroga", que há cerca de 20 anos explora máquinas "caça-níqueis" no Espírito Santo e em Goiás. Nas casas dos acusados foram apreendidos computadores e materiais relacionados ao jogo.
"Acreditamos que, com essa operação, o grupo criminoso foi desbaratado por completo no Distrito Federal. É preciso que essas pessoas continuem presas para que não possam voltar a atividade criminosa", disse o delegado-chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco), Henry Lopes.
Também foi preso Bruno Gleidison Soares Barbosa, apontado pela polícia como gerente de cassinos clandestinos e responsável por instalar as máquinas do grupo. Na casa dele, foram encontradas planilhas dos jogos de bingo.
Dos cinco mandados de prisão expedidos, apenas três haviam sido cumpridos até por volta das 12h. Dois homens continuavam foragidos. No total, foram 13 mandados de busca e apreensão.
Os acusados responderão por formação de quadrilha, crime contra a economia popular, lavagem de dinheiro e contravenção penal de jogo de azar.
A ação contou com a participação de 120 policiais civis. Durante as investigações, foram apreendidas cerca de 80 máquinas caça-níqueis em Brasília e em cidades-satélites.
Segundo a política, a maioria dos apostadores era de idosos, moradores de Brasília e com alto poder aquisitivo. As máquinas usadas eram de última geração e reconheciam cédulas de até R$ 100.
A reportagem tentou localizar os advogados de defesa dos presos, não sem sucesso.