Reportagem mostrou que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) tem um plano ousado de resgate do traficante Marcola e mais três comparsas, presos na penitenciária de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo.
Dois helicópteros blindados e um avião seriam usados na ação. Resgatados, eles seriam levados para o Paraguai.
O plano consta em um relatório secreto da inteligência da polícia e do Ministério Público de São Paulo. Policiais e promotores acompanharam por quase um ano todo o planejamento da facção e não faltam provas de que o crime organizado tem coragem e dinheiro para a fuga.
Escutas revelaram que três integrantes da facção fizeram um curso de pilotagem em 2013 no Aeroporto do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo.
Um dos professores dos criminosos era, segundo o relatório, Alexandre José de Oliveira Junior, copiloto do helicóptero do deputado federal Gustavo Perrella (SDD-MG), preso por transportar mais de 400 kg de cocaína em novembro do ano passado.
Os presos fugiriam para o Paraguai, onde, segundo a polícia, está o suposto gerente de Marcola, o Funinho, que seria o responsável por conseguir o avião que seria usado na parte final do resgate. O suspeito fez uma viagem de teste do Paraguai até o aeroporto de Loanda (PR) há menos de 20 dias.
Segundo a polícia, quatro integrantes da facção foram destacados para o planejamento na rua. Um deles fez um estudo sobre como roubar dois helicópteros para a missão.
O plano começou a ser montado pela facção criminosa em janeiro do ano passado, em uma base montada na cidade de Porto Rico, no Paraná.
A segurança no presídio foi reforçada e policiais de grupos de elite fazem rondas permanentes em torno do local. As investigações já apontaram que o plano do PCC está pronto para ser executado a qualquer momento.