Polícia enfrentou nas ruas manifestantes que pedem novas eleições no Irã

Homem-bomba fere peregrino no mausoléu de Khomeini em Teerã

Policia do irã | G1
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Um homem-bomba explodiu-se neste sábado (20) no mausoléu do aitatolá Ruhollah Khomeini, líder da revolução islâmica de 1979, segundo a polícia, citada pelas agências oficiais de notícias. Pelo menos um peregrino ficou ferido.

A explosão aumenta o clima de tensão no país, que entra na segunda semana de protestos de militantes oposicionistas contra as eleições presidenciais que reelegeram o conservador presidente Mahmoud Ahmadinejad. A oposição, representada pelo candidato derrotado Mir Houssein Moussavi, afirma que houve fraude na votação, mas o governo nega

Também neste sábado, a polícia de choque entrou em confronto com manifestantes oposicionistas que insistiram em ir às ruas de Teerã, apesar da proibição de comícios, das ameaças da polícia e do cancelamento de atos previstos por dois candidatos derrotados nas urnas. Há relatos de feridos. A imprensa internacional está proibida de acompanhar os protestos.

Recontagem

O Conselho de Guardiães do Irã decidiu mais cedo neste sábado que vai recontar aleatoriamente 10% dos votos da eleição presidencial.

A oposição -liderada pelo segundo colocado na votação, Moussavi- contesta os resultados das urnas, que reelegeram Ahmadinejad. O governo defende a lisura do resultado.

Protestos de rua ocorridos desde o anúncio do resultado já provocaram ao menos 8 mortes, mas entidades de defesa dos direitos humanos garantem que o número é maior.

"Ainda que o conselho não seja legalmente obrigado, estamos prontos para recontar 10% dos votos ao acaso, na presença de representantes dos três candidatos derrotados", disse um porta-voz do conselho, depois de reunião com oposicionistas.

Os clérigos que compõem o conselho já haviam falado sobre a possibilidade de recontagem parcial de votos, mas também tinham descartado anular o resultado eleitoral.

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