Mais de 13,6 toneladas de cocaína com alto grau de pureza foram interceptadas e apreendidas no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, até esta segunda-feira (13), informou o Alfândega da Receita Federal.
Invasão e droga a bordo no navio Grande Francia:
Polícia Federal investiga se o carregamento de cocaína - ou parte dele - foi içado durante a madrugada;
A Polícia Federal e a Marinha do Brasil alegam condições de ressaca do mar para não ir ao navio;
Os tripulantes estrangeiros ficaram trancados em área segura, monitorando de longe a invasão;
Os tripulantes não conseguiram ver o que os invasores fizeram a bordo durante aproximadamente 2h;
Não há registros de invasão a cargueiro do Porto de Santos, pelo menos, nos últimos 20 anos;
Ao menos quatro pessoas foram a bordo do navio; há suspeita outros envolvidos no barco de apoio.
"O Porto de Santos, em razão da importância no Brasil, é o mais visado. Se há droga, existe demanda na Europa, que é para onde a maior parte dos carregamentos é destina", fala o chefe da Divisão de Vigilância e Controle Aduaneiro (Divig) da Alfândega, Oswaldo Souza Dias Junior.
Segundo o auditor fiscal, a obrigatoriedade de escaneamento de cargas destinadas ao continente europeu, a análise de risco de contêineres, o patrulhamento marítimo e a utilização de cães farejadores auxiliaram nos resultados dos últimos anos. O desafio é manter esse panorama.
"Sabemos que o maior controle em Santos força as quadrilhas a procurarem outros portos. Recentemente, vimos o crescimento de apreensões no Rio de Janeiro (RJ) e Paranaguá (PR), e nossas equipes têm se preparado para isso", afirma o chefe da Divig da Alfândega de Santos.