Um dia após anunciar a maior apreensão de cocaína da história do Nordeste do Brasil, a Polícia Federal ainda contabiliza o volume exato da droga. Até o momento, 700 sacos de gessos foram vistoriados até agora, dos quais 34 continham cocaína. Isso em apenas um contêiner - a PF ainda investigará outros quatro.
No fim de semana, a PF divulgou a apreensão de pelo menos 530 kg de cocaína pura entre sexta-feira (7) e sábado (8) no porto de Suape, em Pernambuco. Segundo o superintendente da PF no Estado, Marlon Jefferson de Almeida, a ação é provavelmente obra de cartel colombiano ou boliviano.
Policiais investigarão 3.470 sacos de um contêiner manualmente. Até então, um cão farejador cuidava do trabalho, mas o animal foi levado ao veterinário após cheirar tanto gesso. Não há previsão de término.
Maior do Nordeste
A ação, feita em parceria entre a Receita Federal e a PF, representa a maior apreensão da droga feita no Nordeste do país. No Brasil, a maior apreensão da droga é de sete toneladas de cocaína, apreendidas em Tocantins no início da década de 90.
A cocaína estava misturada em um contêiner, dentro de uma carga de gesso, e foi identificada pelo pastor alemão Nauê, o cão farejador da PF.
Segundo o superintendente, as investigações começaram porque a quantidade de gesso exportada era incompatível com o porte da empresa. A PF suspeita de que o entorpecente tenha origens na Bolívia ou na Colômbia, e iria para um porto da África, tendo a Europa como destino final.
Os envolvidos na exportação do gesso já foram identificados, segundo a PF, e podem ser indiciados por diferentes crimes, a depender do grau de envolvimento de cada um na ação criminosa. O superintendente da PF afirma que serão investigados desde motorista do caminhão de gesso até o dono da empresa do produto.