Polícia investiga dona de creche por tortura de bebês

A suspeita, intimada a depor, foi até a delegacia pela manhã desta quinta-feira

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A Polícia Civil de Goiás investiga uma denúncia de maus-tratos contra bebês e crianças de uma creche localizada no bairro Parque das Laranjeiras, em Goiânia (GO). Uma denúncia anônima levou a polícia a acompanhar o caso.

Segundo a delegada Adriana Accorsi, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), as crianças, com idades entre entre 0 a 2 anos, eram vítimas de agressões físicas e psicológicas por parte da proprietária do berçário particular. A polícia, de acordo com a delegada, conseguiu filmar Maria do Carmo Serrano, 62 anos, jogando os menores no chão, torcendo seus braços, amarrando os bebês em carrinhos de passeio e os sufocando com uma fralda. As investigações e gravações das imagens foram feitas em outubro.

"Como eram crianças que nem sabiam falar direito, ela (proprietária) podia justificar muito bem aos pais que os menores caíram ou se machucaram sozinhos. Mas os vídeos comprovam as agressões", justificou a delegada.

A polícia e o promotor e coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude (CAO) do Ministério Público Estadual de Goiás (PM/GO), Everaldo Sebastião, chegaram a solicitar a prisão preventiva e temporária de Maria do Carmo, mas o juiz da 7ª Vara Criminal, José Carlos Duarte, negou o pedido, alegando falta de elementos materiais para comprovar a autoria. O MP/GO solicitará ainda hoje a interdição e a cassação do alvará de funcionamento do berçário.

A suspeita, intimada a depor, foi até a delegacia pela manhã desta quinta-feira, mas foi embora sem prestar depoimento quando notou a presença da imprensa. Se levada a julgamento e condenada, Maria do Carmo pode pegar até 10 anos de prisão por tortura física e psicológica contra menores.

Ainda pela manhã, pais de crianças do berçário procuraram a sede da creche, assustados e surpresos com as notícias veiculadas na imprensa das agressões contra seus filhos. Os pais das crianças e os funcionários da creche serão ouvidos pela polícia nos próximos dias.

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