PM investiga se Marcelo criou grupo na escola em que participantes tinham que matar um dos pais

Família foi encontrada morta no início do mês; garoto de 13 anos é apontado como responsável

Na web, filho de PMs pode ter criado comunidade de matadores | Reprodução
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Ainda é um mistério o assassinato da família Pesseghini, encontrada morta no último dia 5. A polícia aponta como o principal suspeito de matar os pais ? policiais militares ?, a avó e a tia-avó e depois se suicidar o garoto Marcelo, de 13 anos.

Três estudiosos (major da Polícia Militar, especialista em segurança e perita criminal), convidados pelo Domingo Espetacular, divergem sobre as causas do crime e os rumos da investigação.

Um dos pontos da discussão é o videogame favorito de Marcelo que tem como herói o chefe de um bando de assassinos profissionais. As investigações tentam descobrir se o garoto formou um grupo na escola chamado ?os mercenários?, onde os participantes teriam que seguir regras e matar um dos pais.

O especialista em segurança João Ibaixe comenta que a existência do grupo foi confirmada pelos próprios colegas que foram ouvidos.

? Havia um ponto comum que são videogames, são jogos que tratam também de figuras que são assassinos. Ao que indica, o menino tinha uma participação muito intensa nesses jogos.

Já a perita criminal Rosele Soglio afirma que a existência deste grupo seria fantasioso.

? Acreditar que já existia esse grupo, que todos matariam seus pais e que o Marcelo teria sido o primeiro, é bem não crível, é quase fantasioso.

O major da PM Olimpio Gomes também alerta que esses depoimentos devem ser analisados com reservas.

? Depoimentos das crianças agora nesse momento, já passados quase duas semanas.

Ao todo, já foram ouvidas mais de 30 pessoas no inquérito. Essa semana, um dos colegas, disse que Marcelo ligou para ele no domingo e falou que iria matar a família. Ele teria convidado o colega para participar da chacina.

No dia seguinte, ao ver as noticias, o adolescente teria tido uma crise nervosa porque teria visto que Marcelo fez o que prometeu.

Outras testemunhas afirmaram que o menino gostava de brincar de atirar como se usasse armas.

Para a polícia, o garoto matou a família enquanto todos dormiam. Na mochila dele, foram encontradas uma faca e um revólver. Na página pessoal do menino, numa rede social, havia fotos de um crime nos Estados Unidos, em 1973, em que o filho mais velho matou os parentes enquanto eles dormiam.

Os corpos do pai e da mãe do garoto foram encontrados na sala da casa. O do garoto estava ao lado deles. Já a avó e a tia avó estavam em camas no quarto na casa delas, localizada no mesmo terreno, ao lado da residência do menino. Os exames toxicológicos vão revelar se as vítimas estavam ou não dopadas quando foram mortas.

Outra questão que intriga os especialistas é o fato do garoto ser canhoto, quando a posição do atirador que matou o pai dele, segundo a perita, é de alguém que seja destro.

? O canhoto teria muita dificuldade para fazer o disparo na cabeça dele nessa distância.

Todos os tiros foram dados com a pistola ponto 40. A arma foi encontrada embaixo do corpo de Marcelo. Existe a suspeita de que alguém tenha colocado a arma nessa posição. Mais um ponto de interrogação da história.

Veja o vídeo abaixo:

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