O delegado da Divisão de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, pediu, no fim da tarde desta quinta-feira, a prisão em flagrante por homicídio qualificado de Bruno Eusébio dos Santos, 26 anos, suspeito de matar o colega de quarto, José Leandro Pinheiro, 21 anos, em uma república estudantil no bairro jardim Botânico.
De acordo com a polícia, o pedido foi feito com base nos depoimentos colhidos durante o dia de hoje e na perícia preliminar realizada na faca e na pedra colhidas no local como armas do crime. O suspeito foi encontrado por policiais desorientado na cozinha da república, com ferimentos nas mãos. Ele foi levado ao Hospital Miguel Couto, onde permanecia por volta das 19h30, sob custódia, segundo a polícia.
"Toda dinâmica do fato aponta para o Bruno, que parecia ser usuário de antidepressivos. Assim que ele recobrar a consciência, será conduzido para a DH para prestar depoimento", disse Rafael Rangel, chefe de operações da Divisão de Homicídios.
O estudante cearense foi morto com uma pedrada na cabeça e quatro facadas na altura do peito, na república onde morava há um ano, na zona sul do Rio de Janeiro. Pinheiro estava deitado na sua cama na hora do crime e não teria reagido, já que não havia marcas de luta pelo quarto do jovem.
No quarto da vítima foram encontrados frascos de dois remédios, que o delegado Rivaldo Barbosa acredita ser tranquilizantes. "Tudo indica que primeiro José Leandro foi alvejado com uma pedrada na cabeça e em seguida levou quatro facadas. Ele estava deitado na sua cama e não sabemos ainda se ele estava dormindo ou falando ao celular", disse Barbosa.
Tanto a vítima quanto o suspeito são alunos de mestrado do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), que fica também no Jardim Botânico.
Um amigo e vizinho de José Leandro, Thiago Augusto Silva Dourado, 26 anos, disse que o estudante era muito calmo e querido por todos. Já o suspeito, quieto e esquisito. "Todos gostavam muito dele (José Leandro). Mesmo que fosse ofendido ou xingado, ele levava na brincadeira, e nunca se esquentava com nada. Já o Bruno era esquisito, falava pouco e não costumava se misturar", disse o amigo.