A Polícia Federal (PF) procura nesta sexta-feira advogados, empresários e servidores públicos suspeitos de integrarem uma organização criminosa especializada em contrabando e importação fraudulenta de produtos. A Operação Duty Free prendeu 17 pessoas até as 9h30. Um mandado de prisão ainda não foi cumprido. A ação ocorre em oito cidades do Espírito Santo e na cidade de São Paulo (SP).
De acordo com a PF, dois auditores da Receita são suspeitos de favorecerem o grupo. Eles seriam donos de empresas da área de importação, que estavam em nomes de laranjas.
Os servidores são acusados de facilitar os processos de importação para o grupo. Em troca, os agentes federais eram beneficiados pela quadrilha com dinheiro e outras vantagens, como o pagamento de viagens e despesas pessoais.
De acordo com a PF, o grupo também se beneficiou de um contrato firmado com o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santos (Bndes), além de fraude em licitação com uma prefeitura do interior do Estado do Espírito Santo.
A operação mobilizou 200 policiais federais, que contaram com o apoio do Ministério Público Federal. Além das prisões, devem ser cumpridos 40 mandados de busca e apreensão. A operação ocorre nas cidades de Vitória, Vila Velha, Viana, Castelo, Alfredo Chaves, Anchieta, Conceição da Barra e Cariacica, todas no Estado do Espírito Santo, e em São Paulo (SP).
Os presos responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa, advocacia administrativa e contrabando e descaminho. Se condenados, as penas máximas podem chegar a 46 anos de prisão.