Polícia prende empresário condenado por assassinar PM

Bezerra era amante da mulher da vítima, a também PM, Miriam Cristiane Senche de Zacarias, expulsa da corporação e condenada a 14 anos.

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A Polícia Militar prendeu na noite desta quinta-feira o empresário Fábio Bezerra, condenado pelo assassinato do tenente-coronel Paulo Roberto Zacarias Cunha, comandante do 17º Batalhão da PM de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Bezerra era amante da mulher da vítima, a também PM, Miriam Cristiane Senche de Zacarias, expulsa da corporação e condenada a 14 anos por ser a mandante do crime, ocorrido em fevereiro de 2004, em Araçatuba, também no interior paulista.

Julgado pelo crime em 2010, Bezerra foi condenado a 17 anos de prisão, mas conseguiu o benefício de recorrer em liberdade. No entanto, não conseguiu reverter a pena. Na noite desta quinta-feira, homens da Força Tática, da Polícia Militar, cumpriram o mandado de prisão expedido em 3 de julho pelo juiz José Daniel Diniz Gonçalves, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Araçatuba.

Segundo os PMs, Bezerra foi detido em seu estabelecimento comercial uma loja de comercialização de aparelhos de ar-condicionado, em Araçatuba--, e não apresentou reação. O delegado plantonista Delcir Silvio Nardo informou que ele passaria a noite na carceragem do Plantão Policial e de manhã seria transferido para a Cadeia Pública de Penápolis, onde aguardaria vaga numa penitenciária estadual.

O crime teve grande repercussão nos meios policiais. Na época, Zacarias tinha 47 anos de idade. Ele foi alvejado por dois tiros nas costas quando deixava, numa motocicleta, a casa da sogra, mãe de Miriam, no bairro Santana, em Araçatuba. Bezerra, que mantinha um relacionamento amoroso com Miriam, confessou ter feito os disparos.

Acusada de ser a mandante do crime e de ter fornecido a arma para o amante, Miriam foi presa na mesma noite do crime, na casa onde morava, na cidade de Penápolis. Em setembro de 2004 ela foi expulsa da PM, mas saiu da cadeia após ser absolvida por falta de provas, em julgamento da Justiça Militar de São Paulo, em maio de 2005. Porém, o Ministério Público recorreu da sentença e, num segundo julgamento, juízes do Tribunal Militar condenaram Miriam a 14 anos de prisão. Mas ela ainda obteria um habeas-corpus, o que a possibilitaria a cumprir a pena em liberdade.

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