A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, neste sábado (23), a prisão de David Souza Miranda. Ele é acusado de matar a golpes de martelo a própria filha e outra criança, na casa da ex-cunhada, em Senador Camará, zona Oeste da cidade. Além da barbárie, o homem ainda torturou a mulher e ateou fogo no local. O crime ocorreu na noite de ontem, e ele estava foragido desde então.
O MeioNorte apurou que David Miranda chegou à residência onde as vítimas estavam, ateou fogo e fugiu sem prestar socorro. No local havia Luísa Fernanda da Silva Miranda, de 5 anos (filha do suspeito); Ana Beatriz Gonçalves da Silva, de 4; e Natasha Maria Silva de Albuquerque, de 30 anos, que sobreviveu à brutalidade.
Luísa e Ana Beatriz foram socorridas por vizinhos e levadas para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, e a Unidade de Pronto Atendimento (Upa) de Bangu, respectivamente, chegando já mortas às unidades. A tia ainda chegou a ser amarrada pelo ex-cunhado, mas foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros, com hematomas e queimaduras.
Após o crime, David Souza Miranda fugiu, e foi felizmente capturado pela Polícia Civil na Barra da Tijuca, na Zona Norte da cidade, neste sábado (23). Segundo o delegado Alexandre Herdy, titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o homem havia confessado aos parentes que iria matar sua ex-cunhada.
“A princípio, (responderá por) homicídio qualificado, por ter sido praticado de forma cruel e com impossibilidade de defesa das vítimas”, detalhou o delegado Alexandre Herdy.
Davi estava separado da mãe da menina há um mês. Eles tiveram um relacionamento que durou nove anos. Natasha Maria Silva de Albuquerque está em estado grave, e apresenta "queimaduras por todo o corpo", conforme informou a direção da unidade. David Miranda foi encaminhado para a Barra da Tijuca, onde fica a Delegacia de Homicídios.
“Ele não a deixava ter telefone, ter amigos. Depois que ela teve filho, ele não a deixava levar a menina para a escola se ele não fosse junto. Ela foi fazer boletim de ocorrência, ela teve medida protetiva e, enquanto ele não a achava, não parava de infernizar", afirmou uma prima da mãe de Luiza.