Polícia prende jovem suspeito de estuprar meninas que conheceu no Discord

A polícia também investiga a possibilidade de que o grupo tenha estuprado e ameaçado mais cinco vítimas: 3 em São Paulo, uma no Espírito Santo e outra no Amapá.

O suspeito estava foragido após ter sua prisão temporária concedida pela justiça, através do pedido do Ministério Público (MP). | Reprodução
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A Polícia Civil de São Paulo realizou nesta segunda-feira (26), a prisão de Carlos Eduardo Custódio do Nascimento, o "DPE", de 19 anos. Ele é o quarto integrante de um grupo de jovens investigados por estuprar e ameaçar pelo menos duas adolescentes, uma de 13 e 16 anos, que conheceram através do Discord, aplicativo de comunidades de jogos, usando majoritariamente por menores. 

O suspeito estava foragido após ter sua prisão temporária concedida pela justiça, através do pedido do Ministério Público (MP). DPE se apresentou, na companhia de seu advogado, em uma delegacia da capital paulista. As vítimas são de Santa Catarina e São Paulo, respectivamente. Outros três envolvidos na rede já haviam sido presos no âmbito da investigação.

 Tratam-se de Vitor Hugo Souza Rocha, o "Verdadeiro Vitor", 21 anos (detido no começo de junho em Bauru, interior paulista): investigado por armazenar pornografia infantil; Gabriel Barreto Vilares, o "Law", 22 (preso também na sexta passada na capital paulista): investigado por estupro e ameaça; William Maza dos Santos, o "Joust", 20 (detido na sexta em São Paulo): investigado por estupro e ameaça.

Os demais presos durante as investigações (Foto: Reprodução/ Fantástico)

Os crimes

Uma das vítimas, a de 13 anos, denunciou o estupro, explicou que conheceu DPE na plataforma e fugiu com ele de Santa Catarina para se mudar para São Paulo. Ela passou a residir com DPE em uma casa, onde foi violentada sexualmente. Os demais indivíduos detidos estão sendo investigados por ameaça e estupro de adolescentes vulneráveis. 

O grupo estabelecia contato com as vítimas por meio do Discord e, em seguida, solicitava imagens íntimas delas, conhecidas como "nudes". Posteriormente, eles as chantageavam, obrigando-as a realizar tarefas sádicas. Caso contrário, ameaçavam divulgar suas imagens nuas nas redes sociais. 

Essas tarefas incluíam enviar mais fotografias e vídeos sem roupas, se automutilar e marcar a pele com as iniciais dos apelidos dos criminosos. Além disso, as vítimas eram forçadas a ter relações sexuais com o grupo. Alguns abusos sexuais e agressões eram registrados em vídeo e compartilhados pelos criminosos.

As autoridades policiais e o Ministério Público também estão investigando se DPE e os outros três detidos estão envolvidos em outros crimes, tais como associação criminosa, discriminação racial e tráfico de drogas. DPE é considerado o líder do grupo criminoso. A polícia também investiga a possibilidade de que o grupo tenha estuprado e ameaçado mais cinco vítimas: 3 em São Paulo, uma no Espírito Santo e outra no Amapá.

O que diz a plataforma

Para o programa Fantástico, da TV Globo, Clint Smith, porta-voz do Discord, Clint Smith, ressaltou que a plataforma “não tolera comportamento odioso”. “Nós somos um produto gratuito para mais de 150 milhões de usuários ao redor do mundo, e de tempos em tempos, conteúdo mau e comportamento mau vão acontecer. Nós trabalhamos ativamente para remover esse conteúdo”, afirmou o porta-voz.

Com informações do G1 SP

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