Após cinco buscas fracassadas pelas armas usadas na morte do prefeito de Jandira (Grande SP), Walderi Braz Paschoalin (PSDB), a polícia quer se dedicar aos depoimentos para descobrir a motivação do assassinato.
Entre as pessoas que deverão ser ouvidas pelos policiais a partir desta semana estão dois filhos do prefeito, Ana Paula e Alexandre.
Ela teve a casa invadida em setembro por um dos quatro homens que foram detidos como suspeitos de envolvimento na morte do prefeito. Já Alexandre declarou no sábado, em entrevista coletiva, que o crime teve motivação política e que "todo mundo sabia" quem tinha matado seu pai.
Nos próximos dias, também deverão ser ouvidos o vereador Henrique de Alexandria, líder do governo na Câmara Municipal, que afirmou que o prefeito já tinha sido ameaçado, e a vice-prefeita, Anabel Sabatine -ambos são filiados ao PSDB.
A vice-prefeita, que deverá assumir o cargo hoje, rompeu com Paschoalin após denunciar um esquema de fraude na Secretaria da Saúde.
Paschoalin foi morto com 13 tiros no último dia 10, quando chegava à rádio Astral FM para participar do programa semanal "Bom Dia, Prefeito". Era perto das 8h quando dois homens dispararam uma rajada de tiros de fuzil e submetralhadora no carro em que ele estava.
O segurança do prefeito, Wellington Martins, o Geleia, também foi atingido e está internado no Hospital das Clínicas. A polícia faz a segurança do local para evitar que ele seja assassinado.
Quatro homens já foram detidos suspeitos de participar do crime. Nenhum deles deu declarações à polícia.