Polícia recupera 8 mil ingressos para jogo do Flamengo

A Polícia Civil indiciou os 10 acusados por formação de quadrilha e crime contra a economia popular

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro desarticulou na manhã deste sábado um esquema de comercialização ilegal de ingressos para o jogo entre Flamengo e Grêmio, disputado neste domingo pelo campeonato Brasileiro. Cerca de 20% dos 76 mil bilhetes colocados à venda foram destinados ao mercado negro para serem vendidos a preços até 500% superiores aos praticados nas bilheterias do Maracanã. Dos 15 mil ingressos, pelo menos 8 mil foram recuperados.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil carioca, o esquema teria a participação de uma das maiores empresas de produção e comercialização de ingressos do Brasil, responsável pelos bilhetes de clubes como Vasco, Fluminense e Flamengo. O nome do estabelecimento, que funciona dentro do Maracanã, está sob segredo de justiça, assim como a identidade dos demais envolvidos na investigação, segundo a polícia.

Neste sábado, durante cumprimento de mandados de busca e apreensão, cerca de 60 policiais recuperam 8 mil ingressos desviados. Na operação, denominada "Gol de Mão", 10 pessoas foram presas - entre elas, funcionários da empresa envolvida no esquema e cambistas, de acordo com a assessoria da polícia.

A Polícia Civil indiciou os 10 acusados por formação de quadrilha e crime contra a economia popular, com pena de até cinco anos de prisão. Os 8 mil ingressos apreendidos, segundo os policiais, não serão comercializados novamente e ficarão em poder da Justiça.

O esquema

Segundo a Polícia Civil, a própria empresa que produziu e comercializou os 76 mil ingressos para a partida deste domingo comprou 20% do total - cerca de 15 mil - e os disponibilizou para o mercado negro, com o objetivo de obter o lucro de até 500% nos valores.

Conforme informações apuradas pelos policiais durante a investigação, os responsáveis pelo esquema esperavam lucrar R$ 4,5 milhões com as vendas ilegais. "É importante frisar que esses ingressos eram legais. O que era ilegal era essa destinação ao mercado negro, explica o assessor de imprensa da polícia carioca, Geníson Araújo.

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