A Polícia Civil de São Paulo toma na tarde desta segunda-feira os depoimentos dos avós e de uma tia da estudante Flávia de Lima, que morreu na madrugada do último dia 31 de julho ao cair da janela de um apartamento na zona leste de São Paulo. Segundo o advogado Ademar Gomes, que representa a família, os parentes devem relatar os antecedentes de brigas do casal.
A vítima, 16 anos, caiu da sacada do apartamento em que morava com o jogador da Portuguesa Rafael Silva, 20 anos, havia seis meses, no 15° andar de um prédio na Vila Carrão. Segundo testemunhas, o casal começou a discutir em um bar, onde o jogador bebia. Flávia teria quebrado os espelhos retrovisores do carro do jogador. De acordo com o delegado José Raimundo da Silva, a briga continuou no apartamento e o atleta afirmou que ela teria se jogado.
Os pais da namorada do jogador da Portuguesa Rafael Silva depuseram por cerca cinco horas na tarde da sexta-feira na sede da 5ª seccional de Polícia Civil da zona leste de São Paulo à delegada Elisabete Sato. De acordo com Gomes, os depoimentos não mudaram a versão que havia sido apresentada sobre o caso. A mãe, Luara Adriana de Lima, 38 anos, depôs por três horas. O pai, Francisco Carlos Lima, 42 anos, esteve duas horas com a delegada.
Na última terça-feira, Luara disse que o jogador agrediu a jovem duas semanas antes da morte. Segundo ela, o atleta costumava ficar agressivo quando bebia. A mãe afirmou que chegou a ir à delegacia, mas não registrou queixa. Já o pai negou que a filha dele tivesse se aproximado de Rafael pelo fato de ele ser jogador de futebol ou ter dinheiro. "Minha filha amava ele mais do que ela a amava. Quando ela o conheceu, nem sabia que ele jogava futebol. Ele tinha um salário pequeno na Portuguesa. Muitas vezes nós os ajudávamos financeiramente", disse. Ambos não acreditam na hipótese de suicídio.