Policiais e Guarda vão a júri hoje acusados de matar 17 em chacina

O caso aconteceu há dois anos em São Paulo.

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Dois policiais militares e um guarda-civil deverão ser julgados a partir da tarde desta segunda-feira (18) sob a acusação de participarem da chacina que há dois anos deixou 17 mortos e sete feridos em Osasco e Barueri, cidades da Grande São Paulo.

Segundo a acusação, os réus cometeram os crimes na noite do dia 13 de agosto de 2015 para vingar as mortes de um policial e de um guarda, que foram assassinados dias antes.

Os policiais militares Fabrício Emmanuel Eleutério, de 32 anos, Thiago Barbosa Henklain, de 30, e o guarda-civil municipal Sérgio Manhanhã, 43, devem ser julgados a partir das 13h no Fórum de Osasco. Mas, de acordo com o Tribunal de Justiça (TJ), o julgamento poderá durar de oito até 12 dias.

Os agentes respondem presos por homicídios dolosos (com intenção de matar) qualificados (por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativas de homicídio e formação de quadrilha.

Procuradas, as defesas dos acusados alegaram que seus clientes são inocentes e pedirão a absolvição deles aos sete jurados. O Ministério Público (MP), responsável pela acusação, informou, no entanto, estar convicto da culpa dos réus.

Numa eventual condenação, a Promotoria estipula que a pena para cada um dos agentes possa chegar a aproximadamente 300 anos (a lei brasileira não permite que um alguém fique preso por mais de 30 anos).

O julgamento será conduzido pela juíza Élia Kinosita Bulman, que dará a sentença a partir da decisão da maioria dos jurados. Ao todo, 43 testemunhas, sendo 20 da acusação e o restante da defesa, foram chamadas para o julgamento.

Parentes dos acusados e das vítimas e a imprensa assistirão ao júri. Por questão de segurança, a rua em frente ao fórum será interditada para o trânsito de veículos. Familiares dos mortos planejam levar cartazes para protestar pedindo a condenação dos réus.

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