Rafael do Nascimento de Oliveira Rosa, acusado de assassinar a estudante de direito Suellen Marinheiro Lula, de 22 anos, durante uma festa em um clube no bairro Novo Horizonte, na cidade de Valença (213km de Teresina), na madrugada de sábado (15), se encontra preso em um presídio militar na capital e será levado para o estado do Ceará, de onde é natural.
De acordo com o comandante da Polícia Militar em Valença, Capitão Santos, houve tentativa de linchamento contra Rafael que, durante depoimento, alegou que teve a arma usada durante o crime e documentos roubados por uma pessoa ainda não identificada.
O comandante explica que é preciso considerar o fato de que Rafael está na condição de policial militar e por isso não pode permanecer em uma unidade prisional convencional. “Ele [Rafael] cometeu o crime durante o período em que estava de férias, portando, não vai ser julgado pela Justiça Militar, e sim pela Justiça comum”, explicou.
Segundo o comandante, Rafael será transferido para o 5º Batalhão da Polícia Militar em Fortaleza-CE, que funciona como presídio militar, ainda nesta semana.
Caso gera revolta na internet
Nas redes sociais, amigos e pessoas próximas da jovem lamentaram o caso, demonstraram indignação e se solidarizaram com a família. Um internauta diz que houve ódio por parte do policial e culpa falha da Justiça.
Já outro afirma que o policial foi "treinado para matar' e justifica os 'motivos' que, segundo ele, levaram o policial a cometer o crime. “Ele matou porque foi treinado para matar. Ele matou porque acha que está acima da lei. Ele matou porque é mais um que usa a farda pra aprontar e se esconder por trás dela”, diz o texto.
O crime
De acordo com informações da Polícia Militar, o acusado de matar a jovem é um policial militar do Ceará que se negou a pagar R$ 5 para entrar no local da festa e iniciou uma discussão com o irmão da vítima, que é policial militar do Piauí. Suellen estaria tentando amenizar a confusão entre os dois quando foi atingida.
“O soldado da Polícia Militar do Ceará identificado por Rafael do Nascimento Oliveira Rosa chegou no local e não queria pagar por ser militar, foi onde iniciou a discussão. A jovem foi tentar separar e foi baleada na cabeça”, declarou um agente.