Na manhã desta quinta-feira (12), um policial civil de São Paulo foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Latus Actio II. O agente é suspeito de cobrar propina de empresários, funkeiros e influencers para, supostamente, não investigar a prática de jogos ilegais divulgados nas redes sociais. Ele não teve o nome divulgado.
“Após a deflagração da primeira fase da operação, em 12/3/2024, novas evidências coletadas no material apreendido permitiram constatar que policiais civis do estado de São Paulo teriam solicitado vantagem econômica indevida, “propina”, a produtores, empresários e cantores para, supostamente, não levar a termo investigações nas quais se apurava contravenção penal por exploração de jogos de azar, no caso “rifas” promovidas e divulgadas por artistas e influenciadores em suas redes sociais”, diz um trecho da nota da PF.
O QUE SE SABE?
Artistas e influenciadores que promoveram as rifas ilegais temiam que as investigações conduzidas pelos policiais civis investigados resultassem em ordens judiciais determinando o bloqueio, ainda que temporário, de suas contas/perfis nas redes sociais, notadamente no Instagram, e por esta razão teriam concordado em pagar as “propinas”, a fim de evitar prejuízos econômicos e de imagem.
Conforme nota informativa da Coordenação Geral de Fiscalização Comercial do Ministério da Fazenda, a realização de sorteios que caracterizem “rifa” não é autorizada pelo Ministério da Fazenda, tratando-se, portanto, de jogo ilegal.