Rio de Janeiro (RJ) - Na noite deste domingo (17), o policial federal Francisco Elionezio Braga Oliveira, de 38 anos, foi morto por um policial militar em um quiosque na Barra da Tijuca. Funcionários do estabelecimento relataram que a PM foi acionada para conter um homem que estaria armado e ameaçando as pessoas, na ocasião, se tratava do PF.
De acordo com o 31º Batalhão de Polícia Militar (31º BPM), após ser abordado, Francisco teria dado dois tapas e apontando a arma para um PM, que revidou e acertou o PF com um tiro. A mulher que acompanhava o agente federal e que foi baleada na perna, negou que o policial tenha ameaçado os PMs.
O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Capital como auto de resistência. Uma perícia foi realizada no local e testemunhas prestaram depoimento. Dois policiais militares também foram ouvidos e liberados logo depois, inclusive o que atirou contra Francisco.
A sobrinha do policial federal esteve na Delegacia de Homicídios para tentar entender a motivação do crime. Ela contou que o tio é “uma pessoa que sempre incentivava a ir por esse caminho. Eu não queria nunca estar falando isso, em uma situação como essa". Francisco estava na Polícia Federal há 10 anos e atualmente fazia parte do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal.
“A gente veio de uma família humilde. Eu faço Direito hoje, com certeza com a inspiração que meu tio passou a Federal, não é uma coisa fácil. Todo mundo se espelha nele. Uma pessoa estudiosa, uma pessoa que sempre incentivava a ir por esse caminho. Eu não queria nunca estar falando isso, em uma situação como essa”, lamentou Beatriz.
Em nota, a Polícia Militar afirmou que o policial federal Francisco Elionezio Braga Oliveira sacou uma arma e apontou para o PM. O policial federal deixou três filhos, inclusive um bebê. A motivação da discussão ainda é desconhecida.