Quatro pessoas foram mortas a tiros em uma pizzaria na Avenida Manoel Elias, em Porto Alegre (RS), na madrugada deste domingo (13), de acordo com a Polícia Civil. Um policial militar se apresentou e assumiu a autoria dos disparos.
A Brigada Militar instaurou procedimento interno para apurar os fatos e determinou que o policial fique afastado de suas funções durante a investigação.
Segundo Roger Lopes da Silva, advogado do policial, o homem "está muito abalado" com o ocorrido. "Não era o desfecho pelo qual ele procurou", afirma.
Imagens de câmeras de segurança obtidas mostram o homem entrando na pizzaria e se escondendo em uma sala. Logo na sequência, o grupo ingressa no local e cerca o policial. O homem efetua os disparos dentro da sala e sai, aparecendo novamente, com a arma em punho.
Segundo a diretora do Departamento de Homicídios de Porto Alegre, Vanessa Pitrez, o homem teria se desentendido com o grupo de seis pessoas, quatro homens e duas mulheres. O motivo e as circunstâncias do desentendimento são apuradas.
"Ele tentou se esconder e as pessoas foram pra cima ele. Ele estava sozinho, eram seis pessoas [no grupo] e colocaram numa situação 'embretado' num canto, onde tinha um armário. Segundo a versão dele, não tinha outra forma de se defender, correndo o risco de ter a arma retirada e ser morto pela própria arma", afirma a delegada.
Após os disparos, o policial militar se apresentou à polícia, assumiu o crime e entregou a arma. Por ter se apresentado espontaneamente e devido à versão de legítima defesa, o policial não foi autuado em flagrante.
"Temos uma situação de possível legítima defesa, que ao longo da investigação será apurada, com outras provas e depoimentos, para ver se se confirma", aponta a delegada, que diz ainda que nenhuma hipótese é descartada.
Foram mortos os quatro homens do grupo. As identificações deles não foram divulgadas.