Policial que matou dois colegas em SP, tem prisão convertida em preventiva

Após audiência de custódia, PM acusado terá prisão preventiva

Sargento Gouveia, acusado de matar colegas de trabalho com um fuzil te prisão preventiva decretada | Reprodução/YouTube
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O sargento que ficou conhecido após matar dois colegas com tiros de fuzil na última segunda-feira (15), em um quartel da PM na cidade de Salto, interior de São Paulo, participou de audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (19), no Tribunal de Justiça Militar de São Paulo, e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

Claudio Henrique Frare Gouveia foi preso em flagrante logo após cometer o crime, a audiência de custódia que deveria ter ocorrido na terça-feira (16), um dia após os assassinatos, foi adiada após o atirador passar mal e precisar ser hospitalizado.

José Álvaro Machado Marques, juiz responsável pelo caso, da 4ª Auditoria Militar, justificou a decisão atual citando os indícios de autoria e materialidade, argumentando que, a medida foi adotada para garantir a ordem pública, devido ao grau de perigo do indiciado e para a segurança da aplicação da lei penal militar, de acordo com o artigo 255 do Código Penal Militar.

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Com acordo com decisão do juiz, o atirador segue aprisionado no presídio militar Romão Gomes, localizado na zona norte da capital paulista, unidade que é destinada a PMs presos por suspeita de envolvimento em crimes. Em entrevista ao portal UOL, o advogado Rogério Augusto Dini Duarte afirmou que o sargento e a sua esposa, que trabalhava na mesma unidade, estariam sendo perseguidos pelo comandante, uma das vitimas do ataque. A defesa de Gouveia informou que entrará com recurso, pedindo que a decisão da prisão preventiva seja revogada.

ENTENDA O CASO

No dia 15 de maio, segunda-feira, o sargento Gouveia invadiu a 3ª companhia do batalhão armado com um fuzil por volta das 9h de segunda, segundo registro da corporação, ele disse que iria fazer um treinamento. O atirador então trancou a unidade, invadiu a sala do comandante e atirou contra os dois colegas, os alvos do ataque foram identificados como o capitão Josias da Conceição Júnior, comandante da unidade, e o sargento Roberto Aparecido da Silva, que estava na sala no momento do tiroteio.

Em seguida, o sargento se entregou a outro policial e acabou sendo preso pelo colega, que apreendeu o fuzil. Conforme a ocorrência do caso,  advogado Rogério Duarte afirmou que depois dos disparos ele entregou o fuzil para o colega em questão e apenas pediu que o mesmo o prendesse.  

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