Um trabalho integrado entre as polícias de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Piauí resultou na prisão de 12 suspeitos de integrar uma quadrilha que causava terror em diversas cidades da região Nordeste, com ataques a banco e a carros-fortes.
A última ação criminosa do bando foi registrada no município de Inhapi, Sertão alagoano, no final de março.
Intitulado de "Novo Cangaço", o grupo foi alvo de investigação que durou mais de um mês, com as polícias apreendendo munições e armas de grosso calibre.De acordo com a Polícia Civil de Alagoas, a quadrilha começou a ser desmantelada no último dia 7 de abril, em uma pousada no interior de Pernambuco, onde foram presos Roque Rudson dos Santos Silva, Nílson Almeida Silva, ambos de São Paulo, e José Maciel da Silva, natural do Ceará. Com eles, foram apreendidas várias armas, entre elas pistolas, espingardas e rifles, além de carros, celulares e maconha.
Após as prisões em Pernambuco, a Polícia Civil de Alagoas aprofundou as diligências em cidades do interior e realizou uma megaoperação no dia 13 deste mês, nas cidades de Mata Grande, Inhapi e Canapi, cumprindo mandados de prisão, busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara Criminal. Na ação, foram presos João Batista dos Santos, Flávio Oliveira da Silva, Jaedson da Silva Leite, Adeílson de Menezes Bezerra, Gilmar Ferreira da Silva e Sidney Perreira Lima.
Secretaria de Segurança Pública repassou detalhes da operação durante entrevista coletiva
Um dos suspeitos acabou escapando da operação, sendo localizado no Piauí, graças ao trabalho integrado entre as polícias. Em depoimento, ele apontou que parte do grupo estava escondido em uma casa na cidade de Água Branca, no interior de Alagoas.
Com base nesta informação, as equipes da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas passaram a monitorar o local, desencadeando uma operação para prender Ivo Marcelino Alves dos Santos, Divo da Cruz Santos e Aldean Oliveira Santos. E no momento em que as equipes chegaram à residência onde estariam escondidos, houve troca de tiros entre a polícia e o banco, quando Anderson Marinho Gomes e José Cláudio acabaram atingidos e entraram em óbito.
O delegado Mário Jorge, coordenador da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), disse, durante entrevista coletiva na sede da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), na tarde desta segunda-feira (16), que os membros da quadrilha "não tinham a menor preocupação com quem quer que fosse". "Eles agiam sem se preocupar com a integridade física das pessoas. Tocavam o terror", disse o delegado.
Na residência localizada em Água Branca, foi apreendida uma grande quantidade de munições, três fuzis 556 e um fuzil 762, além de espingardas calibre 12 e grande quantidade de explosivos. A polícia suspeita que este material seria o utilizado pelo bando para o cometimento de crimes, a exemplo da explosão de caixas eletrônicos.
Na mesma coletiva de imprensa, a cúpula da SSP acrescentou seguir trabalhando para prender outros suspeitos de ligação com a quadrilha em questão.