Policias retiram bomba falsa deixada nas pernas de vigilante

Quadrilha fortemente armada usou caminhões e atacou carro-forte

Policiais removem objeto de perna de vigilante feito refém | Bruna Stupiello
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O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar retirou, por volta das 11h30, uma falsa bomba que foi amarrada à perna de um funcionário de uma empresa de segurança durante uma ação criminosa em Campinas, SP. Depois de ter sido abordado na rua e ter a família feita refém, o homem, que é vigilante da empresa, foi obrigado a ir ao trabalho normalmente. Na manhã desta sexta-feira (7), o carro-forte em que ele estava foi alvo do ataque de uma quadrilha fortemente armadada.

Depois de retirado, o objeto foi detonado pelo Gate. A polícia informou então que não se tratava de uma bomba -- era um objeto feito de PVC, alumínio e areia. Um celular também estava preso à falsa bomba.

A ação

Por volta das 23h30 de quinta-feira (5), o funcionário da empresa de segurança foi parado na rua por parte dos criminosos, que o obrigaram a entrar em casa. A mulher dele e o filho de 5 anos foram mantidos reféns pelo grupo, que prendeu à perna do funcionário um objeto que, segundo os criminosos, era uma bomba. O vigilante foi, então, orientado a ir ao trabalho.

Na manhã desta sexta, quando o carro-forte em que o vigilante trabalha passava na alça de acesso da Via Anhanguera para o Anel Viário Prefeito Magalhães Teixeira, seis assaltantes incendiaram um caminhão para bloquear o trânsito.

O grupo, então, tentou assaltar o carro-forte. Tiros foram disparados e três seguranças ficaram feridos. Eles foram atendidos no pronto-socorro do bairro São José com ferimentos leves. Os assaltantes fugiram pelo anel viário para a Rodovia Dom Pedro I sem levar o dinheiro. O helicóptero da PM foi usado nas buscas pelos criminosos.

Mulher e filho reféns

Segundo a polícia, a mulher e o filho do vigilante foram libertados na manhã de sexta, enquanto acontecia a ação na rodovia.

Ainda de acordo com a polícia, além do falso explosivo preso ao corpo, o vigilante foi para o trabalho com outra falsa bomba, colocada no porta-malas do carro. Os bandidos o seguiram em outro veículo e, enquanto isso, a família dele foi levada para um cativeiro em outro bairro -- onde depois houve a libertação.

Investigações

O crime será investigado pela Delegacia de Investigações Gerais de Campinas (DIG) e pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo, já que um crime semelhante aconteceu na capital no dia 29 de junho.

De acordo com a Polícia Militar, o motorista do carro-forte contou que criminosos informaram ter sequestrado sua família no dia 29 de junho e que ele deveria colaborar com o grupo. Ele conta ter levado o carro até o local indicado pelos criminosos e acabou tento explosivos amarrados a sua perna. Os assaltantes tentaram arrombar o carro-forte com um maçarico, mas não conseguiram.

Ainda segundo a PM, o grupo conseguiu fugir antes da chegada das equipes policiais, do Gate e do Corpo de Bombeiros. O artefato explosivo foi desativado e o motorista foi encaminhado ao Pronto-Socorro do Mandaqui, pois estava com intoxicação por causa da fumaça provocada pelo maçarico.

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