A colis?o entre uma picape Courier, de placa LWB-8201, de Manoel Fole, com a motocicleta Titan, de placa LVU-1377, conduzida pelo estudante Ant?nio Neto, que teve a perna decepada no acidente e foi levado entre a vida e a morte para atendimento no Pronto-Socorro do Hospital Get?lio Vargas (HGV), terminou por provocar um in?dito enfrentamento entre moradores do conjunto habitacional S?o Sebasti?o, na zona Sudeste, com os policiais da Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) da Pol?cia Militar.
Depois do acidente, os moradores, revoltados, cortaram a estrada da Usina Santana com p?s e picaretas e quando os policiais da Rone foram conter os manifestantes e impedir o bloqueio da estrada, os motoristas resolveram enfrent?-los. Eram homens e mulheres revoltados que partiram para o enfrentamento com os policiais, que dispararam balas de borracha.
Uma delas atingiu os moradores Jos? Filho, que foi ferido na perna direita;
Marcos Campelo da Rocha, o Marquinhos, que estava sentado em uma esa debaixo de ?rvore bebendo cerveja; e Francisco de Assis. Quando chegaram na estrada da Usina Santana, no conjunto S?o Sebasti?o, os policiais da Rone foram logo disparando balas de borracha para evitar que moradores continuassem cortando a rodovia.
Os ?nimos ficaram acirrados porque em vez de recuarem, os manifestantes partiram para o confronto com os policiais. At? o soldadoda reserva Pedro Costa, que estava com os manifestantes respons?veis pelo
bloqueio da estrada, foi empurrado e enfrentou os policiais da Rone.
?Os policiais da Rone em vez de perseguirem o carro e prender Manoel Fole foram atirar contra a popula??o descente e trabalhadora?, afirmouPedro Costa. Os pr?prios manifestantes conseguiram segurar,
empurrando contra a parede, motoristas que queriam, sem armas, enfrentar os policiais armados de fuzis e metralhadoras. Quando perceberam que a situa??o n?o seria controlada com rapidez, os policiais
da Rone pediram refor?o para o 8? Batalh?o da Pol?cia Militar (BPM) e outros grupos da Pol?cia Militar.
Quando a situa??o foi controlada, a estrada da Usina Santana parecia uma pra?a de guerra com nove viaturas e mais 19 homens dos comandos
especiais e dos Batalh?es da Pol?cia Militar.
?A Rone foi chamada porque os manifestantes estavam destruindo e cortando a estrada, que ? patrim?nio p?blico?, afirmou o sargento Vilson Pereira dos Santos, da Companhia Independentede Policiamento de Tr?nsito (Ciptran). O soldado Luiz, do 8? BPM, informou que a Courier
estava indo no sentido Usina Santana para o Dirceu em alta velocidade e atingiu o motociclista, que teve a perna decepada e foi internado correndo risco de morte no Pronto-Socorro do HGV.