Acaba de depor, na Superintendência da Polícia Federal, o prefeio de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim. Como já era esperado pela PF, ele ficou em silêncio durante o depoimento. A mesma conduta foi tomada pela sua esposa, Francisca Teles, que também prestou depoimento agora há pouco.
A estratégia já era prevista pelo delegado do Grupo de Repressão aos Crimes Financeiros e Lavagem de Dinheiro da PF, Victor Mesquita, que preside o inquérito. "É um direito constitucional que lhe assiste. Independentemente disso, a PF tem como principal foco a análise das provas, que, aliás, são muitas. O prefeito certamente não construirá provas contra si. No entanto, vamos continuar observando os indícios e, caso seja necessário formalizar novos pedidos de prisão, o faremos?, disse Mesquita, ontem, à reportagem de O Estado. O Imirante entrou em contato com o delegado, nesta manhã, mas ele apenas confirmou os depoimentos e, por questões pessoais, não pôde conceder entrevista.
Defesa
Sobre o silêncio do prefeito Manoel Mariano e da sua esposa, o advogado José Duarte Júnior, um dos profissionais que faz a defesa do prefeito e de Francisca Teles, justificou que esse seria o melhor caminho, já que eles não tiveram, até o momento, acesso aos autos do processo. "O processo está no Ministério Público e ainda não tivemos acesso. Então, como não sabemos exatamente o que está disposto lá, foi o melhor a ser feito", explicou Duarte Júnior.
Os advogados de defesa ficarão aguardando a finalização do inquérito para tomar as próximas medidas no caso.