Durante operação realizada pela Divisao de Homicídios de Niterói e São Gonçalo em parceria com o Ministério Píblico, para cobater lavagem de dinehiro de traficantes, foram presas doze pessoas nesta segunda-feira (21).
Segundo a Operação Capitania, além de trabalhar com dinheiro do tráfico, a quadrilha explorava caça-níqueis e “gatonet”, eles também pretendiam assassinar uma juíza.
Luiz Carlos Gomes Jardim, o Luiz Queimado, que atualmente se encontra preso, foi apontado pelas investigações como a pessoa que arrendava comunidades a traficantes e por isso recebia o valor de R$ 7 mil por semana por cada uma delas.
Controlando mais de 20, ele e a família criaram uma série de estabelecimentos comerciais para lavar o dinheiro recebido. Havia desde loja de carros até mercadinhos e autopeças.
— Dessa forma eles conseguiam forjar uma origem legal para o dinheiro do tráfico. Com isso, conseguiam levar uma vida de luxo — explica a promotora Julia Silva Jardim, do Gaeco, do MP.
Além do mandado para Luiz Queimado, que já estava preso, também foram dadas ordens de prisão para seus dois filhos, Leonardo e Michael Dias Jardim, sua nora Monique de Paiva Araújo e seu sobrinho Luiz Paulo da Silva Jardim, além de outros parentes. O Leonardo conseguiu fugir.
— Estamos quebrando os sigilos bancário e fiscal dos envolvidos. Através de escutas, conseguimos descobrir um plano para matar uma juíza. Felizmente tudo foi descoberto e ela está segura — avalia o delegado titular da unidade, Fabio Barucke: — A operação continua.
Além dos presos, a Operação Capitania apreendeu carros de luxo, motocicletas e até moto aquática, além de computadores, material para rede de TV a cabo e máquinas caça-níqueis.
Morte de policial
Tudo começou com a morte de um policial civil no Morro do Bumba. Tiago Tomé foi morto por traficantes por atrapalhar a instalação de uma boca de fumo na localidade, em fevereiro do ano passado. A investigação foi ampliada até chegar aos traficantes e o dinheiro pago ao Luiz Queimado.