O presidente da torcida organizada Gaviões da Fiel, Antônio Alan Souza Silva, teve a prisão temporária decretada pela Justiça e é considerado foragido. Policiais da equipe do delegado Arlindo José Negrão Vaz, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), fazem buscas para cumprir o mandado.
A ordem tem relação com o inquérito sobre a morte de dois palmeirenses ocorrida em 25 de março na Avenida Inajar de Souza, na Zona Norte de São Paulo. Três corintianos chegaram a ser presos temporariamente em abril por suposta participação nos crimes. Dois deles foram indiciados, mas o inquérito ainda não foi concluído.
Segundo a Polícia Civil, o pedido de prisão foi realizado após as investigações sobre o confronto entre torcedores do Corinthians e do Palmeiras apontarem que Silva tinha conhecimento de que um confronto ocorreria antes do clássico entre os times. Na ocasião, a briga aconteceu durante o deslocamento das torcidas para os estádio no começo da manhã, por volta das 10h.
A prisão do presidente da Gaviões foi decretada pela Justiça no fim da semana passada e a ordem mantida em sigilo para evitar a fuga do suspeito. Os policiais já estiveram duas vezes na casa de Silva para efetuar a prisão e seguem a procura também em outros endereços.
Processo
Nesta segunda-feira, a juíza Leyla Maria da Silva Lacaz, da 14ª Vara Criminal da Barra Funda, recebeu a denúncia contra Lucas Alves Lezo, vice-presidente da Mancha Verde e irmão de Andre Lezo, morto na briga de torcidas em 25 de março. Lucas Lezo vai responder processo na Justiça por posse de arma.
Lucas Lezo foi detido com outros dois palmeirenses em 4 de abril e indiciado pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento no assassinato de um corintiano ocorrido em agosto de 2011. A polícia afirma que o confronto ocorrido neste ano na Avenida Inajar de Souza teria sido marcado pela internet para vingar a morte do corintiano em 2001.
Lucas Lezo é irmão de Andre Lezo e de Tiago Lezo. O irmão Tiago foi preso em 27 de março e indiciado com mais outros cinco palmeirenses por formação de quadrilha porque teriam participado da briga do dia 25 de março. Tiago foi solto com os demais por decisão da Justiça em 25 de abril. Andre, seu irmão gêmeo, morreu no confronto que foi marcado pela internet. Outro membro da Mancha, Guilherme Moreira, também foi morto.