A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (9) o presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, Frederico Guilherme Pimentel, em uma operação que investiga supostos crimes contra a administração pública e a administração da Justiça no tribunal.
Outros dois desembargadores, um juiz, uma servidora do TJ e dois advogados foram presos. Eles não tiveram os nomes divulgados porque a investigação está sob segredo de Justiça.
Também foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão. A ação foi determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os presos serão transferidos para Brasília.
A assessoria do Tribunal de Justiça do Espírito Santo informou que, por volta de 7h30, o vice-presidente do TJ, desembargador Álvaro Bourguignon, foi acionado pelo STJ para acompanhar a ação da Polícia Federal no prédio do tribunal. Segundo a assessoria, naquele momento, foram feitas apreensões no prédio do TJ, mas ninguém foi preso no local.
Depois da informação de que o presidente do tribunal havia sido preso, o G1 procurou novamente a assessoria, mas ainda não conseguiu contato.
Durante as buscas, um membro do Ministério Público Estadual foi preso em flagrante por posse de arma de fogo.
Em nota, o STJ informa que, durante a investigação, surgiram evidências de nepotismo no Tribunal de Justiça capixaba, "expediente que teria servido como elemento facilitador das ações delituosas dos investigados que, assim, poderia contar com a colaboração de parentes e afins empregados em cargos estratégicos".
A PF informou que as investigações tiveram início na Operação Titanic, realizada em abril deste ano contra um esquema de importação subfaturada de veículos de luxo no cais do porto em Vila Velha.