Duas tentativas de assalto a coletivos no último sábado culminaram com duas pessoas mortas e uma ferida. Um das vítimas foi o subtenente PM Raimundo Nonato Agostinho, 56. Ele foi atingido por um tiro no peito, na Rua Joaquim Felício, em Messejana, ao tentar reagir a um assalto ao ônibus da empresa São Benedito que fazia a linha Fortaleza/Cascavel. Um dos acusados do assalto foi preso e o outro conseguiu fugir. A outra pessoa baleada também era passageiro do mesmo coletivo, identificado como José Derland. Ele foi levado para o hospital, mas segundo a Polícia, não corre risco de morte.
De acordo com a Polícia, o militar, que estava aguardando ser incluído na reserva, pegou o coletivo no Centro de Fortaleza e iria até Messejana, onde morava. Quando os dois assaltantes anunciaram o assalto, por volta das 20 horas, o PM, experiente, percebeu que um deles estava com uma arma de brinquedo e o outro com uma espécie de ?garrucha? (arma artesanal). O subtenente Agostinho, que estava à paisana, tentou atirar com sua pistola calibre 380, a arma travou.
Foi o suficiente para que o bandido que estava com a garrucha disparar um tiro fatal, no peito do militar e, em seguida, atingir outro passageiro. Imediatamente, um grande cerco policial foi realizado na área, por policiais do Batalhão de Polícia de Choque, do grupo Raio, da Força Tática de Apoio (FTA) da 2ª Cia. do 5º BPM (Messejana) e do Ronda do Quarteirão. Um dos acusados do assalto, Francisco Jaime Santana, 22, acabou preso. Ele confessou ter sido o autor do disparo que matou o PM. Jaime já havia sido preso por duas vezes por roubo. O outro assaltante, supostamente um adolescente, conseguiu fugir.
No outro caso, ocorrido na tarde de sábado, Daniel Pereira da Silva, 22, tentou assaltar um ônibus na Avenida Osório de Paiva, no Siqueira, juntamente com outro homem e acabou morto por um PM.
PM foi mais uma vítima da violência urbana
Raimundo Nonato Agostinho
O policial militar de 56 anos estava aguardando ser incluído na reserva. Segundo uma de suas filhas, a estudante de Veterinária Michele Sousa Agostinho, 23, o pai reagiu porque tinha o ´espírito de policial´, mesmo não estando mais na ativa.