O vereador Messias Aguiar, que foi preso em posse de nada mais nada menos que 300 kg de drogas em outubro de 2016, na zona rural do município de Ubaitaba, no sul do estado da Bahia, tomou posse do cargo com uma das mãos algemada e com paletó sobre o uniforme de presidiário.
De acordo com o advogado de defesa, Rogério Andrade, o vereador foi bem aceito ao tomar posse e tudo, segundo ele, não passou de um 'mal entendido'. "Foi uma recepção muito bacana. A presença dele teve uma repercussão muito boa, graças a Deus. Ele é uma vítima e vai ser absolvido", afirmou o advogado.
O advogado ainda criticou o fato de Messias Aguiar ter sido empossado com uma das mãos algemada. "Uma tentativa de desmoralização, que não funcionou. Ele foi muito bem recebido", disse ao reforçar que seu cliente é inocente: "Aconteceu uma apreensão em um município e ele foi preso em outro. Ele nega a acusação e vai ser absolvido".
Uma denúncia anônima possibilitou a chegada da polícia até a fazenda onde estava o político, que é do PMDB. Segundo a polícia, foram apreendidos: 270 kg de maconha, 2 kg de cocaína, uma balança de precisão e sacos plásticos para embalar a droga.
Ao ser abordado pelos policiais, o vereador, que foi o segundo mais votado na cidade com 571 votos, negou que seja o proprietário da fazenda, embora tenha assumido autoria dos entorpecentes, segundo informou a polícia, na época.
A Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), responsável pelas investigações, informou que a campanha do vereador, que é do PMDB, foi patrocinada por dinheiro proveniente do tráfico. “Há informações de que toda a campanha tenha sido financiada pelo tráfico local”, afirmou o delegado Evy Paternostro.