Um fato curioso aconteceu no Município de Canudos-BA, região do semiárido Nordeste II, e teve como protagonista Ramon Maia, que se encontrava preso desde o dia 21 de maio de 2015, na delegacia de polícia da cidade, sob a acusação de ter tentado agredir fisicamente a própria mãe, uma humilde comerciante da cidade.
Ao chegar para o plantão, o delegado Paulo Jason de Melo Falcão, titular da 1ª DT da 25ª Coorpin de Euclides da Cunha, mas que também responde pela Polícia Judicial de Canudos, foi surpreendido pela notícia da fuga de um preso que havia se aproveitado do descuido do carcereiro e, com uma arma artesanal do tipo chuço rendeu o funcionário responsável pela cela e o prendeu fechando a grande com cadeado.
Antes de deixar a DT, Marcos, que é mais conhecido como “Chaparia”, alertou o carcereiro, para um bilhete que estava na mesa no delegado.
No bilhete simples e breve, Chaparia escreveu: “doltor Paulo mim discupi mais tivi qui sai eu não poso paga pelo qui eu não cometi”.
O caso seria cômico porém, revela a fragilidade do sistema carcerário nas cidades do interior, principalmente, e a difícil condição de trabalho que delegados e agentes policiais que enfrentam diariamente com o combate à criminalidade.