Um professor 44 anos foi preso em Goianira, a 32 km de Goiânia, suspeito de estuprar pelo menos 18 alunas dele, todas com idade entre 8 e 11 anos. O homem, que lecionava para o ensino fundamental em uma escola municipal da cidade, foi detido neste sábado (8) pela Polícia Civil. A maioria das vítimas já prestou depoimento e confirmou as denúncias. O homem, no entanto, negou as acusações.
Segundo o relato das alunas, o crime acontecia durante o intervalo das aulas. O professor dividia a turma de 35 alunos em dois grupos. Enquanto os meninos brincavam nos fundos da sala, as garotas eram abusadas pelo suspeito, que as ameaçava para que não contassem o que acontecia a ninguém.
O caso só começou a ser investigado pela polícia depois que uma das meninas criou coragem e resolveu denunciar o homem, no mês passado.
"Houve o registro de uma ocorrência no início do mês de maio, no sentido de que ele, na condição de professor, vinha usando o seu cargo para praticar atos libidinosos com suas alunas", contou o delegado de Goianira, Vinícius Teles da Silva Costa, responsável pelo caso.
Segundo o delegado, o professor vai responder pelo crime de estupro de vulnerável contra pelo menos 18 vítimas. A pena para esse crime varia de 8 a 15 anos e pode aumentar em dois terços pelo fato de haver várias vítimas. A polícia vai continuar investigando para saber se existem mais meninas abusadas.
O prefeito de Goianira, Randel Miler, informou que o suspeito foi aprovado no último concurso do município e nomeado em dezembro do ano passado. Assim que a prefeitura soube das denúncias, há uma semana, o professor foi advertido, suspenso e exonerado do cargo.
Querido
A mãe de uma das supostas meninas abusadas, que preferiu não se identificar, disse que ficou surpresa quando soube do que aconteceu. Segundo ela, o professor era bastante querido pelos alunos.
?Ele começou a ganhar a confiança das meninas. Ele as tratava bem, brincava. Era um professor muito carinhoso?, afirmou a mulher.
Ainda assustada com o que aconteceu, a mãe comemorou a notícia da prisão. "Dá até um certo alívio, porque ele não vai fazer isso com outras crianças", completa.