Preso suspeito de transmitir intencionalmente vírus HIV à mulheres

‘Dizia que ia marcar minha vida’r minha vida’, afirma mulher

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A Polícia Civil indiciou, na noite de ontem, Renato Peixoto Leal Filho, de 43 anos, por contágio de moléstia grave. Morador da Barra da Tijuca, ele é suspeito de transmitir intencionalmente o vírus HIV para mulheres com quem manteve relações sexuais. Através de seu advogado, Renato confirmou ser soropositivo, mas negou as acusações. A pena para o crime é de até quatro anos de prisão.

As investigações tiveram início no fim de agosto, quando uma das supostas vítimas procurou a polícia para denunciar Renato. Já na 16ª DP (Barra da Tijuca), que assumiu o caso, uma segunda mulher foi ouvida e relatou o mesmo modo de agir. Segundo elas, Renato aborda moças pelas redes sociais e as convence a sair. Posteriormente, sem informar sobre a doença, insiste para que o sexo seja feito sem o uso de preservativo.

A descoberta de que Renato tinha Aids ocorreu no início deste ano, durante um período em que uma jovem de 23 anos morou com o suspeito em seu apartamento na Barra. Após semanas de conversas pela internet, ela acabou mudando-se de um estado no Nordeste, onde vivia com os pais, para o Rio. Dois meses depois, ao encontrar um exame , soube da doença.

— Eu o confrontei, mas primeiro ele negou. Só com muita insistência admitiu — contou a jovem, que ainda passou algumas semanas morando com Renato. — Ele era muito obsessivo e agressivo verbalmente. Eu tinha medo. Acabei voltando para o meu estado escondida, com a ajuda de uma amiga.

‘Ele dizia que ia marcar a minha vida’

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“Conheci o Renato na internet. Quando saímos, ele me obrigou a não usar camisinha. Fiquei muito irritada, porque sempre fui cuidadosa com isso. Então pensei: “Nunca mais vou estar com esse cara”. Ele ainda insistiu, mas acabei cortando relações. Dois meses mais tarde, recebi uma mensagem dessas meninas dizendo que eu corria o risco de estar contaminada. Hoje, as vejo como anjos de Deus, mas foi um choque. Aí, entendi a insistência pelo não uso do preservativo, as coisas que ele dizia, que ia marcar a minha vida. Eu, por sorte, por força divina, não fui contaminada. O nosso objetivo, agora, é impedir que outras mulheres se tornem vítimas.”

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