Um técnico de enfermagem de 47 anos foi preso em Brasília na tarde desta terça-feira (29) suspeito de abusar sexualmente de uma paciente cega que está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital particular Santa Helena.
A assessoria de imprensa do hospital afirmou que tem colobardo com as investigações. Alegou ainda que o técnico apresentou certidão que indicava a inexistência de antecedentes criminais. Segundo a assessoria do Santa Helena, a paciente permanece internada no hospital, "recebendo toda a assistência médica necessária".
O suspeito foi levado para carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) nesta manhã. Ele negou em depoimento que tenha violentado a paciente, conta o delegado-adjunto da 2ª DP, Waldek Fachinelli Cavalcante.
?O procedimento médico requer alguns contatos íntimos, mas não ao ponto que chegou. Ele foi muito além do tratamento. Ele negou o crime, mas houve contradições e o relato da vítima foi rico em detalhes. Temos certeza que ela foi molestada?, afirma Cavalcante.
A família da paciente, uma mulher de 25 anos com vários problemas de saúde e que está tratando uma diabetes, denunciou o caso à polícia. Conforme a vítima, nesta terça, ela estava sendo atendida pelo enfermeiro. Na hora da aplicação de um creme para evitar escaras, o suspeito teria passado a mão nos seios e na vagina da mulher.
Em estado de choque, ela tentou acionar outros profissionais para relatar o ocorrido, mas toda vez que tocava uma campainha que há na UTI, o mesmo enfermeiro aparecia. A paciente conseguiu pedir ajuda quando uma copeira entrou no leito.
O enfermeiro tem passagem por porte de drogas e vai responder agora por estupro de vulnerável, crime com pena de 8 a 15 anos de reclusão.
Veja a íntegra da nota do Hospital Santa Helena:
"Com relação à suspeita de um técnico de enfermagem ter molestado uma paciente no dia 29 de janeiro de 2013, o Hospital Santa Helena esclarece que tem prestado toda a colaboração à equipe da Polícia Civil, responsável pela investigação do caso. Em razão da prisão em flagrante, o funcionário em suspeição foi demitido. Ressalta que na ocasião de sua admissão, o técnico apresentou Certidão Criminal, que indicava a inexistência de antecedentes criminais. A paciente permanece internada no hospital, recebendo toda a assistência médica necessária."