Presos suspeitos de desviar verba no PR

Segundo promotor, grupo foi preso para não prejudicar investigações

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Dez suspeitos de envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro na Assembleia Legislativa do Paraná foram presos neste sábado (4), em Curitiba. Entre os detidos estão Abib Miguel e José Ary Nassiff, ambos ex-diretores do órgão. Um outro ex-diretor diretor também foi preso na operação.

O Ministério Público do Paraná informou, em nota, que os presos são investigados por crimes como desvio de dinheiro público (peculato), formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.

Os advogados Alessandro Silverio e Rogério Botelho, que representam Abib Miguel e José Nassiff, respectivamente, informaram à reportagem da TV Paranaense que não comentariam a prisão dos dois ex-diretores da Assembleia Legislativa do Paraná. O advogado dos outros presos não foram localizados para falar sobre o caso.

O procurador de Justiça Leonir Batisti, coordenador estadual do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, explicou ao G1 que o grupo foi preso para que as investigações não fossem prejudicadas. Com as prisões temporárias, os suspeitos devem ficar detidos por cinco dias.

?Descobrimos um esquema de desvio de dinheiro que usava funcionários fantasmas. Analisamos as folhas de pagamento da Assembleia e detectamos que determinadas pessoas receberam altíssimas quantias como pagamento, mas não tinham gabarito para exercício de cargo com esses salários. Essas pessoas realmente nunca trabalharam na Assembleia?, afirmou Batisti.

Com os suspeitos, foram apreendidos cerca de R$ 250 mil, seis armas e 73 veículos, além de documentos. ?Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas casas e em outros estabelecimentos que estavam ligados a essas pessoas?, disse Batisti.

O grupo foi levado para o Gaeco para prestar depoimento. Em nota, o Ministério Público do Paraná informou que foi protocolado, nesta sexta-feira (23), ação cautelar de indisponibilidade de bens contra os ex-diretores da Assembleia Legislativa do Paraná e de outros envolvidos no caso. O objetivo é garantir a reparação de prejuízos causados ao erário. O valor bloqueado estimado pelos promotores pode chegar a R$ 23 milhões.

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