Policiais militares do 14º BPM (Bangu) e do 39ª BPM (Belford Roxo) realizaram uma operação em conjunto na madrugada deste domingo (10) e prenderam dois suspeitos de participar da tentativa de libertar presos no Fórum de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Até as 10h20, ainda não havia a identificação dos detidos.
No dia 31 de outubro, um bando armado tentou libertar presos que estavam depondo no Fórum de Bangu. Houve um intenso tiroteio e duas pessoas morreram: o Policial Militar Alexandre Oliveira e o menino Kayo da Silva, de 8 anos.
De acordo com a assessoria da Polícia Militar, o 14º BPM recebeu informações de que dois suspeitos de terem participado da invasão ao Fórum de Bangu estariam escondidos na comunidade da Guachê, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Com os suspeitos foram apreendidos um fuzil, material para edolação (embalar a droga) e drogas. O caso foi registrado na 54ª DP (Belford Roxo). Até 12h30, a PM não tinha a confirmação de que esses suspeitos realmente participaram da tentativa de fuga em Bangu.
Imagens da invasão
O jornal Extra divulgou na última segunda-feira (4) as imagens do circuito interno de segurança do Fórum de Bangu. As câmeras flagraram o momento em que três criminosos armados de fuzis entraram no prédio.
Um deles, que aparece com o rosto descoberto, foi identificado pela polícia como o traficante Leandro Botelho, conhecido como Scooby, que é foragido da Justiça e teve a recompensa aumentada para R$ 5 mil pelo Disque-Denúncia.
Investigações da Polícia Civil apontam que a ordem para libertar os presos no Fórum de Bangu partiu de dentro de uma penitenciária de segurança máxima. Segundo a polícia, o traficante Celsinho da Vila Vintém teria ordenado o ataque. A Secretaria de Segurança Pública pediu a transferência dele para um presídio federal.
Os traficantes Vanderlan Ramos da Silva, conhecido como "Chocolate", e Alexandre Bandeira de Melo, o "Piolho", que seriam libertados pela quadrilha durante a invasão, também tiveram a transferência pedida para um presídio de segurança nacional.
Videoconferência
A presidente do Tribunal de Justiça (TJ) fez uma avaliação sobre o atentado no Fórum e defendeu a videoconferência como um método para reduzir riscos durante as audiências. Atualmente, as audiências com equipamentos eletrônicos são restritas a presídios federais, mas a discussão em torno do tema voltou à tona depois do atentado em Bangu.
Na semana passada, a presidente do TJ afirmou durante uma reunião com o governador Sérgio Cabral no Palácio Guanabara, Zona Sul do Rio, que também pretende criar um portal que reúna informações sobre os presos. O objetivo do sistema é avaliar o grau de periculosidade deles e definir de que forma os depoimentos desses presos serão colhidos.