O delegado Frederico Abelha, da Delegacia de Homicídios de Venda Nova, em Belo Horizonte, revelou neste sábado que Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes, foi ameaçado de morte há cerca de dois meses. A ameaça foi feita por meio de uma mensagem de texto - cujo conteúdo não foi revelado - enviada para o celular dele. A informação foi passada à polícia por familiares de Sales, em depoimento na sexta-feira. Ainda de acordo com o delegado, os suspeitos do crime não foram identificados.
As informações foram divulgadas por meio da assessoria de comunicação da Polícia Civil. A corporação informou ainda que as sete pessoas presas na tarde de sexta-feira, depois de uma denúncia anônima, negaram envolvimento na morte do primo do goleiro.
O grupo foi preso depois de duas denúncias que disseram que na quadrilha estava o responsável por matar Sales. As sete pessoas foram autuadas em flagrante por tráfico de drogas, formação de quadrilha, porte ilegal de arma e associação ao tráfico. Todos foram encaminhados ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional São Cristovão. A polícia ainda deverá ouvi-los para afastar de vez a suspeita de envolvimento deles no crime.
O crime
Sérgio Rosa Salles, primo do goleiro Bruno, foi assassinado na última quarta-feira em Belo Horizonte. Apelidada de Camelo, a vítima estava na rua Aracitaba, no bairro Minaslândia, quando foi atingida por pelo menos seis tiros, por volta das 7h30. Ele já esteve preso e respondia inquérito por envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio, amante do ex-goleiro do Flamengo.
O delegado Breno Pardini defende a hipótese de execução. Em depoimento, pouco mais de um mês após o sumiço de Eliza, Camelo disse ao delegado que havia sido ameaçado por Macarrão, apontado como um dos mentores do crime. O amigo de Bruno teria dito a Sérgio que se ele falasse algo, teria o mesmo fim que Eliza Samudio.
Em outubro de 2010, foi a vez do advogado que defendia o primo do goleiro se manifestar, dizendo estar sofrendo ameaças. Marco Antônio Siqueira disse ter recebido ameaças de morte por telefone e anunciou o desligamento do caso. Na mesma ocasião, Siqueira afirmou que seu cliente também havia recebido ameaças e estava chorando muito, mas não soube dizer quem era o autor das ligações.