A penitenciária Chester Count, no estado da Pesilvânia, nos Estados Unidos, de onde o brasileiro Danilo Cavalcante conseguiu fugir em agosto deste ano, receberá uma reforma e melhorias no sistema de segurança, que devem custar US$ 3,5 milhões, que equivale a R$ 17,6 milhões.
Na última quarta-feira, o Conselho Prisional do Condado de Chester aprovou a reforma no presídio, com o investimento citado. Os planos incluem a construção de cercas completas, com paredes e telhados, em todos os oito pátios de exercício, além da instalação de até 75 câmeras de segurança. Prevê-se que o projeto leve cerca de nove meses para ser concluído, e há também planos de contratação de novos funcionários.
Segundo as autoridades, a fuga do brasileiro foi aparentemente inspirada em um episódio anterior que ocorreu em maio deste ano. A estratégia utilizada por Cavalcante assemelha-se à do detento Igor Bolte: ambos os criminosos escalaram até o telhado de um dos edifícios partindo de um dos pátios destinados aos exercícios dos detentos. Tanto o brasileiro quanto o americano percorreram o telhado e desceram em uma área com menor segurança dentro do presídio, o que possibilitou a fuga.
Após a fuga de Bolte, foi instalado arame farpado na área que o fugitivo usou para escalar o edifício. No entanto, esse obstáculo não impediu a fuga de Cavalcante. Conforme informado pelas autoridades, estão sendo planejadas e implementadas novas medidas de segurança em resposta a esses eventos.
RELEMBRE O CASO
O brasileiro estava preso nos Estados Unidos por um crime ocorrido em 2021, quando assassinou sua ex-namorada, Déborah Brandão. Anteriormente, em 2017, ele também havia tirado a vida de Válter dos Reis na cidade de Figueirópolis, no Tocantins, mas conseguiu fugir para os Estados Unidos, onde tinha familiares.
Ele foi sentenciado à prisão perpétua pelo homicídio e cumpria sua pena em uma prisão no estado da Pensilvânia, nos EUA, de onde fugiu após escalar as paredes. Os dois filhos de Déborah testemunharam o terrível assassinato de sua mãe, que foi esfaqueada 38 vezes. Na época, as crianças tinham 7 e 3 anos de idade. Foi o filho mais velho quem chamou a polícia e relatou aos agentes que o ex-namorado de Déborah a segurou pelos cabelos antes de desferir os golpes mortais.