Ronald Janssen, professor de desenho industrial de 38 anos e autor confesso de três assassinatos cometidos nos últimos dois anos, reconheceu à polícia que é um assassino em série.
Janssen admitiu à polícia que, desde 1990, causou outras mortes com motivação sexual e outros crimes, como roubos.
Nos últimos dias, Janssen confessou a autoria de três assassinatos, sendo os dois últimos em 1º de janeiro, quando matou a tiros sua vizinha, Shana Appeltans, de 18 anos, e o namorado da garota, Kevin Paulus, de 20, sobre quem disse em uma declaração policial que o incomodava.
Interrogado também pela morte de Annick Van Uytsel, de 18 anos, cujo corpo foi encontrado em 2007 em um córrego dentro de uma sacola plástica, o professor confessou tê-la matado após escolhê-la ao acaso.
Na noite do desaparecimento de Van Uytsel, Janssen teria obrigado a garota a entrar em sua caminhonete, inclusive com sua bicicleta, ameaçando-a com uma arma. Depois disse que a levou ao porão de casa, onde a reteve várias horas antes de assassiná-la.
Alguns amigos de Van Uytsel deram pistas sobre Janssen após informar que o professor tinha ido a uma festa da vítima.
No entanto, o interrogatório de Janssen não ofereceu pistas à polícia, que mesmo assim suspeitou abertamente dele após o duplo assassinato de 1º de janeiro, já que Appeltans era sua vizinha, e de cujo interrogatório surgiu a confissão do suspeito.
Tanto a Procuradoria de Hasselt como a de Bruges convidaram possíveis vítimas, testemunhas e companheiros do assassino a se dirigirem à polícia para investigar o envolvimento de Janssen em outros possíveis crimes.
A polícia investiga sua possível participação no assassinato de Ingrid Caeckaert, de 26 anos, apunhalada em 1991 em Heist; e no de Carola Titze, uma jovem alemã de 16 anos, cujo corpo foi encontrado em 1996 na Bélgica.
O confesso assassino em série é divorciado, pai de duas meninas, de 11 e 8 anos, e considerado pelos colegas e alunos um bom professor de desenho industrial, trabalho que desempenha em um centro educativo de Loksbergen (no nordeste da Bélgica).
Em prisão provisória, Janssen é vigiado por um equipamento de segurança a cada sete minutos para evitar que se suicide.