A promotora de Justiça Genísia Oliveira solicitou afastamento das investigações do Ministério Público que apuram o envolvimento de policiais em uma chacina ocorrida em 29 de janeiro, no Alto da Conquista, bairro periférico de Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador (BA). Na última sexta-feira, a promotora disse ter sido vítima de um atentado e que vinha recebendo ameaças desde o dia seguinte à chacina.
Os policiais militares são suspeitos de terem participado de 11 homicídios e do desaparecimento de três adolescentes.
No sábado, Genísia afirmou que dois homens em uma motocicleta dispararam contra o veículo de seu marido. Em ofício enviado ao MP, a promotora pediu a substituição do caso no mesmo dia em que entra em férias, justificando que faria cursos em São Paulo e no exterior. O procurador-geral de Justiça em exercício, José Gomes Brito, já recebeu o pedido, mas ainda não divulgou a decisão nem informou quem irá substituir Genísia.
A sede da promotoria regional de Vitória da Conquista deve ser o local de uma manifestação, marcada para a manhã desta terça-feira, contra a prisão dos policiais. O protesto deve contar com a presença de amigos e parentes dos acusados. Eles criticam os argumentos da promotora e a forma como o caso foi investigado.