Um dia depois que a Polícia do Rio prendeu 11 pessoas que fazem parte de uma quadrilha internacional especializada em comprar e vender ingressos da Copa do Mundo a Fifa se posicionou sobre o assunto. A federação informou por meio de nota que uma equipe especializada da própria Fifa e da empresa que faz a venda dos ingressos estão atuando junto com as autoridades locais e federais para ter as informações sobre a origem dos ingressos. As informações são do Bom Dia Rio desta quinta-feira (3).
De acordo com a polícia, investigações apontaram que o grupo chegava a faturar R$ 1 milhão por partida do Mundial com a venda dos ingressos. Nesta Copa do Mundo, a estimativa era de que o grupo faturaria cerca de R$ 200 milhões.
Segundo informações da polícia, os ingressos seriam provenientes de ONGs, de empresas que iriam distribuir as entradas como cortesia e também tíquetes que foram entregues para as seleções. O delegado Fábio Barucke, da 18ª DP, afirmou que há indícios de participação de algum integrante da Fifa no esquema.
"Nós temos elementos que dão a entender que eles teriam envolvimento com algum membro da Fifa. Nós ficamos atrás de um argelino [um dos detidos] e verificamos que no carro dele há um adesivo que dá acesso a qualquer evento privado da Fifa. O inquérito está em curso. As prisões são temporárias, outras pessoas ainda podem ser qualificadas. A prisão preventiva vai ser requerida e documentos estão sendo analisados", afirmou Barucke.
As 11 pessoas presas vão responder por cambismo e formação de quadrilha - o argelino Mohamadou Lamine Fofana, o PM reformado Oséas do Nascimento, além de Alexandre Marmo Vieira, Antônio Henrique de Paula Jorge, Marcelo Pavão da Costa Carvalho, Sérgio Antônio de Lima, Ernane Alves da Rocha Júnior, Júlio Soares da Costa filho e Fernanda Carrione Paulucci. Alexandre da Silva Borges e o advogado José Massih foram presos em São Paulo. Quem comprou ingresso também prestará esclarecimentos.
A Fifa reforçou que a única forma de comprar ingressos legal é na página na internet da federação.