A médica Claudia Soares Alves, de 42 anos, foi presa sob acusação de sequestrar um bebê no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em um incidente que chocou Uberlândia, Minas Gerais. Claudia, neurologista e professora em duas universidades, incluindo a UFU, é graduada pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e possui especializações em clínica médica e neurologia.
Em uma rede social, a médica divulgou que no dia 13 de maio deste ano tomou posse como professora na UFU. Claudia também informa que é docente efetiva da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Goiás (UEG) desde janeiro de 2019.
Em seu currículo, a médica menciona que é mestre em ciências da saúde pela Universidade Federal de Goiás (UFG). No Lattes, uma plataforma científica de currículos, Claudia também descreve que está cursando doutorado em Ciências da Saúde na UFU.
A assessoria de imprensa da UFU confirmou que a mulher tomou posse como professora na área de clínica médica em maio deste ano, mas a instituição não informou se ela atuava, de fato, no hospital ou apenas dava aulas na universidade. Segundo a UFU, está sendo feita a "apuração de responsabilidade e todas as tratativas cabíveis serão tomadas".
AMOR PELA PROFISSÃO
Em um depoimento sobre sua vida, Claudia escreveu que é "incrivelmente" grata por sua jornada médica e acadêmica. A médica diz que a medicina é sua paixão e a docência sua missão.
"A medicina é uma montanha-russa de emoções! Tem os altos e baixos, os desafios e as vitórias, mas uma coisa é certa: eu amo o que faço", escreveu a médica.
A imprensa tentou contato com a secretária de Claudia nesta quarta-feira (24), mas recebeu uma mensagem automática informando que a equipe está em "férias coletivas" até o dia 29 de julho.
COMO ACONTECEU?
A mulher, que se identificou como pediatra, conseguiu entrar na maternidade e pegou a bebê, que havia nascido poucas horas antes por cesárea. Após o crime, Claudia fugiu do hospital com a criança dentro de uma mochila, usando um carro vermelho para escapar. O pai da bebê, Édson Ferreira, descreveu a situação em que Claudia manipulou a situação, pretendendo cuidar da criança e partindo com ela repentinamente.
PRISÃO
Claudia foi presa em Itumbiara, Goiás, um dia após o sequestro. Segundo a PC, a médica afirmou à polícia que estaria doente e que faz usos de remédio controlado. Porém, segundo o delegado Anderson Pelágio, a polícia desacredita de um possível surto devido aos itens de bebê comprados pela médica.
“Ela comprou vários apetrechos para a bebê, como, fralda e carrinho, o que dá informações de que ela premeditava os fatos. Ela não demonstrou motivação ou se iria ficar, registra a bebê no nome dela ou passar para uma terceira pessoa”, disse Pelágio entrevista à TV Anhanguera.
A criança foi resgatada sem ferimentos, proporcionando alívio para a família após momentos de angústia.
Com informações do g1