Rebeliões geram desespero em Fortaleza

É um permanente estado de tensão e angústia

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A cena se repete. Todos os dias em que ocorrem rebeli?es no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), m?es, mulheres, namoradas dos presos se aglomeram na porta do pres?dio ? procura de not?cias. N?o importa o dia, a hora do evento. Elas saem de casa desesperadas e ficam horas ? espera de informa?es que possam ser repassadas sobre como os presos est?o, quem ficou ferido, se houve morte, se haver? puni??o e quem ser? punido.

? um permanente estado de tens?o e ang?stia. Quem tem um filho ou companheiro preso, vive no limite. Durante as rebeli?es, o port?o de entrada da penitenci?ria fica lotado. Elas n?o t?m acesso sequer ao pr?dio da administra??o. Se h? mortos ou feridos, as listas s?o divulgadas na porta ou por meio da Imprensa.

Mortes

Em uma rebeli?o ocorrida em julho do ano passado, tr?s presos morreram e outros 38 ficaram feridos. As imagens registradas pela equipe do Di?rio do Nordeste, no port?o de acesso ao IPPS - na BR-116 - eram de rostos desesperados, mulheres aos prantos. O conflito havia come?ado na noite do dia 25, por volta das 19 horas, durante uma briga entre os detentos que ocupam as celas da ?rua? (galeria) e do pavilh?o sete (P-7). O dia seguinte seria de visitas. E elas foram suspensas por conta do clima tenso dentro da penitenci?ria e das destrui?es causados pelos pr?prios detentos durante a rebeli?o.

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