O Corpo de Bombeiros encontrou nesta terça-feira (01), os restos mortais que estavam sendo procurados dentro de um poço de aproximadamente 20 metros, localizado no Parque Jacinta, na zona Sul de Teresina, após sete dias de buscas. O local fica próximo da entrada do Aterro Sanitário da capital.
A informação foi confirmada ao Meionorte.com pela Polícia Civil. O resgate do corpo, que está em avançado estado de putrefação, também foi realizado. As buscas, em conjunto com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Corpo de Bombeiros e Polícia Militar (PM), precisou utilizar de uma retroescavadeira para cavar no entorno do poço. O Instituto Médico Legal (IML) realizou a remoção.
“O local é de difícil acesso e a rampa que dá acesso ao poço é muito íngreme, mas foi o trabalho que podemos fazer. Como o diâmetro do poço é bastante estreito, ele (corpo) estava como se fosse em pé. Foi amarrado pelo tórax e foi alçado de pé”, informou o tenente Linhares, dos Bombeiros, para a Rede Meio Norte.
As investidas foram reiniciadas por conta de informações das investigações que asseguram a presença do corpo no local. A suspeita dos investigadores é de que o corpo seja de Alderlan Ferreira da Silva, 27 anos, que está desaparecido desde o dia 19 de outubro.
Conforme informações repassadas por familiares, o jovem não tem envolvimento com o crime, contudo, a suspeita é que ele tenha sido executado por membros de uma organização criminosa.
Mãe relatou último encontro com o filho
A mãe da vítima, Elisângela Ferreira da Silva, deu detalhes em entrevista à Rede Meio Norte, do último encontro com o filho. Ela ainda acredita que uma possível briga no estabelecimento em que ele estava, envolvendo duas mulheres, possa ter ligação com o seu desaparecimento.
“Foi terça à noite, ele chegou do serviço, se arrumou e disse que ia sair pra se encontrar com uma pessoa. Eu comecei a chorar pedindo pra que ele não fosse sair. Ele pegou, teimou e saiu. Parece que ele estava se despedindo de mim. Eu comecei a chorar, ele mexendo na minha cabeça, me abraçando. ‘Minha véia [sic] fica calma, porque que você está chorando’. Você não quer me ouvir, é um menino bom, trabalhador, você não usa droga, é um menino respeitador. [...] Foi ‘casinha’ que fizeram pra ele. É pela influência dos outros. Galinha que acompanha pato morre afogado. Ele nunca sumiu de casa. Toda vez que eu ligava ele atendia, sempre foi um filho obediente, respeitador, trabalhador, nunca de entrar em confusão. Disse que nesse bar São Francisco, da Dagmar, lá começou essa confusão dessas mulheres brigando por causa dele com ciúmes", relatou a mãe.