Ronnie Lessa pode fazer acordo de delação premiada no Caso Marielle Franco

No depoimento de Élcio de Queiroz, Ronnie Lessa foi autor dos disparos.

Ronnie Lessa pode fazer acorde de delação | Reprodução TV Globo
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Depois da delação premiada do ex-policial militar Élcio de Queiroz, que é um dos suspeitos do atentado contra a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, no ano de 2018, foi aberta a possibilidade para que Ronie Lessa, também acusado no assassinato, faça acordo de delação com a Polícia Federal para trazer novas informações sobre o caso.

Segundo dados apurados pela jornalista Natuza Nery, a delação de Queiroz trouxe informações robustas sobre a morte da vereadora que foi assassinada no dia 18 de março, criando dessa forma, condições para que Lessa também celebre acordo e tenha novas informações e esclarecimentos sobre o caso, que ganhou repercussão nacional e internacional.

De acordo com a jornalista Bela Megale, Ronnie Lessa já havia mostrado interesse em fazer delação e com os esclarecimentos e fatos prestados por Élcio, checados e cruzados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, a situação de Lessa ficou delicada e caso seja realizada a delação, o acordo deve seguir o rigor da lei, igual ou até maior do que o celebrado por Élcio de Queiroz, até com exigências de Lessa traga informações ou fatos novos sobre o mandante ou os mandantes do crime contra a vereadora, que na noite do crime, voltava de uma reunião com lideranças no Rio de Janeiro.

Nesta segunda, trechos da delação de Élcio de Queiroz, prestada em abril deste ano, foram divulgadas. Ele contou, no depoimnento, que foi homologado pela Justiça, que foi o motorista do carro usado no ataque à vereadora e ao motorista e relatou que os tiros foram disparados por Ronnie Lessa.

Élcio também revelou que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, mais conhecido por Suel, fez campanas para monitorar Marielle e seria um dos participantes da emboscada, mas acabou trocado por Queiroz. O ex-bombeiro foi preso na segunda durante a realização da operação Élpis, que investiga os homicídios de Marielle e Anderson, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves, que também estava no veículo.

No depoimento, Élcio de Queiroz trouxe novos detalhes sobre o planejamento e a execução do crime que vitimou Marielle e o seu motorista. Segundo a força-tarefa que investiga o caso, há um conjunto de provas que comprovam as declarações do ex-PM.

Maxwell foi transferido para Depen, em Brasília

Nesta terça-feria, 25, Suel foi transferido da sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro para unidade do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), localizado em Brasília.  A justiça considera que as provas colhidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) mostram a ligação do ex-bombeiro com o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela Anderson Gomes, antes, durante e após o crime.

Segundo o MPRJ, antes da ocorrência do crime, Suel monitorou a vereadora, e depois, alterou as placas do veículo usado nos assassinatos, deu fim às cápsulas e munições usadas e providenciou o desmanche do carro. O ex-bombeiro também seria responsável por manter financeiramente a família de Élcio Queiroz, assim como por arcar com os pagamentos de sua defesa.

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