O perfil no Facebook de João Guatimozin Moojen Neto, 22 anos, que confessou à Polícia Civil que causou o incêndio que matou duas crianças e um idoso na madrugada desta quinta-feira em Porto Alegre (RS), recebeu hoje dezenas de mensagens de repúdio. Amigos do jovem deixaram recados na página da rede social acusando Moojen Neto com xingamentos como ?monstro? e ?verme?.
As duas crianças - um menino de 3 meses e uma menina de 2 anos - eram filhas do acusado, que iniciou o incêndio após ter discutido com a mulher Bárbara Penna de Moraes e Souza, 19 anos. As crianças morreram intoxicadas com a fumaça.
Moojen Neto estaria sob efeito de drogas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, Bárbara caiu do terceiro andar e foi encaminhada para o Hospital Cristo Redentor com 80% do corpo queimado, mas consciente. Em estado grave, ela está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
No perfil do acusado Facebook, apenas amigos podem deixar mensagens. Alguns ainda se mostravam chocados com o crime, enquanto outros acusavam Moojen Neto de ter destruído sua família. ?Sem explicação para o que tu fez João Moojen, que tu pague pelo que fez. Monstro, destruiu tua família?, disse um. ?Tantas vezes tu falou (sic) dos teus filhos para mim, com tanto amor. Quem ama, não mata", afirmou outra.
Alguns amigos ainda lembraram do envolvimento de Moojen Neto com as drogas. ?Cada vez mais acho as pessoas que usam drogas seres fracos, não há desculpa, sinceramente?, disse um deles. ?É lamentável ter este tipo de notícia, principalmente quando se trata de uma pessoa conhecida que não aparentava ser desse jeito absurdo e cruel que tem a coragem de tirar a vida dos próprios filhos e acabar com tudo de uma só vez!?, escreveu outra pessoa.
Moojen Neto foi encontrado nas proximidades do prédio e, questionado, confirmou que discutiu com a mulher e iniciou o incêndio. Ele disse que é usuário de cocaína e estava sob efeito de drogas. O jovem será indiciado por homicídio qualificado.
No incêndio, uma terceira pessoa morreu. A vítima foi identificada como Mario Ênio Pagliarini, 79 anos, morador de um apartamento no sexto andar. A polícia aguarda o resultado da perícia para saber a causa da morte do idoso.