Sargento da Marinha que matou vizinho foi candidato a vice-prefeito no MA

Aurélio Alves Bezerra, de 51 anos, foi candidato a vice-prefeito em 2020 e ficou em quarto lugar. Segundo o Ministério Público, o sargento que está preso no Rio de Janeiro deve responder por homicídio doloso.

sargento | reprodução
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O sargento da Marinha do Brasil que matou o vizinho Durval Teófilo Filho com três tiros na porta do condomínio onde os dois moravam, no Rio de Janeiro, é maranhense e foi candidato a vice-prefeito do município de Paço do Lumiar, nas Eleições Municipais de 2020.

Sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra - Foto: Reprodução

Aurélio Alves Bezerra, de 51 anos, é natural de São Luís, sendo conhecido como Sargento Aurélio. Ele foi candidato a vice-prefeito pelo Partido Social Cristão (PSC) no município localizado na Região Metropolitana da capital maranhense.

A chapa que ele concorria ficou em quarto lugar nas eleições com cerca 1.886 votos e obteve pouco mais de 3% dos votos válidos.

Sargento preso

A Justiça manteve, durante uma audiência de custódia nesta sexta-feira (4), a prisão do sargento. O militar foi indiciado por por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

Na audiência, no entanto, o Ministério Público informou à Justiça que entende que a tipificação correta é homicídio doloso, ou seja, com intenção.

Em depoimento, o sargento afirmou que atirou ”para reprimir a injusta agressão iminente que acreditava que iria acontecer”. O militar esteve na Delegacia de Homicídios às 7h45 de quinta-feira (3), pouco mais de nove horas após o crime, no fim da noite de quarta (2).

Durval foi morto na porta de casa por sargento 

Vítima foi morar em condomínio para fugir da violência

O homem que foi morto pelo próprio vizinho, na porta de casa, deixou a comunidade do Capote, em São Gonçalo, há 12 anos, e comprou um apartamento na cidade em busca de mais segurança.

Durval trabalhou como letrista em uma plataforma da Petrobras e atualmente estava empregado como repositor de um supermercado.

Luziane Teófilo, mulher de Durval, disse que escutou os tiros. Ela afirma ainda que o marido morreu porque era preto.

“A minha filha, que tem 6 anos, estava esperando por ele. Imediatamente ela olhou pela janela e disse que era o pai dela”, narrou.

O que diz a Marinha

Em nota, a Marinha do Brasil diz que "tomou conhecimento da ocorrência envolvendo um dos seus militares, em São Gonçalo-RJ, e informa que está colaborando com os órgãos responsáveis para a elucidação do fato".

"A MB lamenta o ocorrido e se solidariza com os familiares da vítima", acrescenta o texto.

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