Sargento preso por estupro diz que não ficava 2 dias sem atacar

“Eu sentia uma vontade incontrolável”, admite o militar em depoimento à polícia

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O segundo sargento da Aeronáutica Edvaldo Silva Rodrigues Junior, de 34 anos, preso na última sexta-feira (7) por estuprar pelo menos dez mulheres em bairros da zona norte do Rio, disse em depoimento na Delegacia do Engenho Novo (25ª DP) que não conseguia ficar mais do que dois dias sem violentar uma mulher, pois ?sentia uma vontade incontrolável?.

Edvaldo também disse que sentia muito prazer em se masturbar na rua e que começou a fazer isso com a intenção de que as mulheres o vissem, mas que há aproximadamente quatro meses decidiu abordá-las e obrigá-las a masturbá-lo e a fazer sexo oral nele. Ele também exigia penetração nas vítimas.

Ainda em depoimento, o militar diz que violentou dez mulheres, mas atacou outras cinco. Essas, porém, conseguiram fugir. Edvaldo ainda listou os bairros onde fez vítimas: Inhaúma, Engenho Novo, Méier, Ramos, Engenho de Dentro, Marechal Hermes, Rocha, Sampaio e Piedade, todos na zona norte.

Ele morava em Honório Gurgel e trabalhava na base aérea do Galeão, na Ilha do Governador. O sargento sempre atacava suas vítimas depois de deixar a mulher no trabalho, entre 8h e 8h30.

O delegado Antenor Lopes Martins Júnior, titular da Delegacia do Engenho Novo, acredita que o número de vítimas pode ser ainda maior.

? Ele disse que não conseguia ficar mais de dois dias sem atacar uma mulher e que fazia isso há pelo menos quatro meses. Infelizmente, muitas vítimas não comparecem à delegacia por vergonha.

Na última segunda-feira (10), a Polícia Civil fez contra ele pelo menos sete pedidos de prisão preventiva à Justiça através de cinco delegacias.

? Queremos que ele fique preso até o julgamento. Para a polícia, está claro que ele oferece risco à sociedade.

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