Uma quarta morte, que pode estar ligada ao suspeito de assassinar homossexuais em Curitiba e em Santa Catarina, é investigada pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A informação foi confirmada nesta terça-feira (18), após os policiais ouvirem novas testemunhas.
Até agora, a polícia atribui três mortes, entre elas a de dois jovens de Curitiba, a José Tiago Correia Soroka. Também foram incluídos os casos de dois jovens, que sobreviveram, um deles procurou a DHPP nesta terça-feira.
Esta quarta vítima é um rapaz de 27 anos, que foi encontrado morto em 30 de abril deste ano. Segundo a polícia, o jovem estava em circunstâncias parecidas com as que foram encontrados as outras vítimas e teve ligação com o suspeito.
“É uma pessoa que era conhecida desse assassino. Estamos com uma forte desconfiança, mas não podemos confirmar nada até que tenhamos o laudo do Instituto Médico-Legal em mãos, para sabermos a causa da morte”, explicou a delegada Camila Cecconello.
A polícia tem outros detalhes sobre a vítima, que não foram informados para não atrapalhar as investigações.
Além do laudo do IML, a DHPP também tem analisado imagens de câmeras de segurança que possam mostrar o suspeito no local do crime.
Outra vítima
Nesta terça-feira, a DHPP ouviu um rapaz, que disse ter sido vítima de José Tiago Correia Soroka e sobreviveu. Essa nova vítima trouxe à polícia uma informação que pode trazer desdobramentos, conforme avaliou a delegada.
“O rapaz disse que foi vítima do mesmo suspeito, mas em 2018, ou seja, tem um tempo que ele pode estar agindo”.
Polícia pede ajuda
A delegada destacou que, desde que a DHPP pediu ajuda da população com denúncias sobre onde estaria o suspeito, muitas informações chegaram. Mas poucas ajudaram.
“Recebemos muitas informações de gente que o viu. Teve gente que disse que ele chamou para conversa, mas não foi ao encontro. Ainda não sabemos onde ele está”.
A polícia não descarta a possibilidade de que de José Tiago Correia Soroka, que é foragido pelo Paraná e Santa Catarina, tenha fugido para outra região do país.
“Nosso medo é que ele continue matando. Por isso pedimos ajuda da população com denúncias concretas, que realmente possam nos ajudar a chegar até ele”, alertou Camila Cecconello.
Denúncias anônimas podem ser feitas por meio dos telefones 181, 197 ou 0800-643-1121.