Apenas uma ligação e o crime pode acontecer. O golpe da 'Mão Fantasma', como é popularmente conhecido, é uma forma como os criminosos agem, se passando por uma pessoa do seu banco, cooperativa ou até um “conhecido”. Ao conseguir a atenção da vítima, eles têm acesso aos dados pessoais e bancários e realizam o roubo virtualmente. Logo abaixo, o MeioNews separou dicas de como não ser enganado.
O QUE É O GOLPE DA MÃO FANTASMA?
Com a sociedade cada vez mais “online”, os bandidos estão criando novas abordagens, como o da falsa central telefônica, do motoboy e o do acesso remoto ou mão fantasma, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
No “Mão Fantasma”, os criminosos entram em contato se passando por funcionários de bancos induzindo a vítima de que sua conta foi invadida e que é necessário seguir procedimentos, com a instalação de aplicativo de VPN (rede privada virtual).
Após o download, os criminosos conseguem verificar anotações, imagens e todo tipo de informação - é como se tivessem com o seu aparelho em mãos. O aplicativo instalado permite o acesso remoto aos criminosos, e que muitas vezes a vítima nem percebe a movimentação estranha em seu dispositivo, mas eles conseguem fazer PIX, empréstimos e até tomam posse das redes sociais para aplicar golpes em outras pessoas usando a credibilidade do seu perfil.
“Eles (criminosos) conseguem manipular as informações da vítima inclusive obtendo senhas, acesso a dispositivos e plataformas de banco ou plataforma de rede social, então não acredite em ligações despretensiosas e pessoas que se dizem ser agentes bancários, eles vão instalar esses aplicativos e você vai perder o acesso”, alerta o delegado Humberto Mácola, da Delegacia de Repreensão aos Crimes de Informática do Piauí.
COMO EVITAR?
REGISTROS DE GOLPES
- No Piauí
Um empresário de Teresina (PI) foi alvo da ação de criminosos na última semana e teve um prejuízo de mais de R$ 188 mil. Ele recebeu uma ligação originária de outro estado, onde uma pessoa se passando por funcionário do Banco do Brasil o informou que havia movimentações suspeitas em suas contas bancárias.
O suposto funcionário afirmou que era necessário baixar um aplicativo chamado AnyDesk e seguir o “passo a passo", e assim o empresário fez. Minutos mais tarde, ele foi notificado com várias transações em contas.
- Em São Paulo
Em maio deste ano, uma operação coordenada pela Polícia Civil de Santa Catarina resultou na prisão de uma quadrilha suspeita de operar uma falsa central de atendimento em São Paulo. Os suspeitos ligavam para as vítimas, maioria idosas, e as persuadiam a conceder acesso remoto a seus dispositivos. Um senhor de 85 anos acabou sofrendo um prejuízo de R$ 85 mil.
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